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Cenário - 13.9.18

FSB Inteligência

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Atualizado às 09:35

Dias Toffoli assume logo mais a presidência do STF para cumprir um mandato de dois anos.

Cercada de estereótipos e clichês, sua gestão coincide com sensibilidades institucionais, técnicas e políticas que vão coexistir em um ambiente muito propício a tempestades perfeitas.

Da porta do gabinete para dentro, o desafio será o de conter o apetite das corporações, delimitando os espaços e o tempo das demandas.

Há ainda questões administrativas do dia a dia do tribunal que estão represadas. Algumas mexem com rotinas, outras com expectativas de servidores e uma parte (potencialmente mais barulhenta!) com as tradições.

Toffoli vem, ao longo dos anos, se distanciando da pecha de 'advogado do PT', mas seu período à frente do STF não apagará o passado.

Por isso, a voz que vai ultrapassar os muros da Suprema Corte pregará a harmonia entre os Poderes, o olhar técnico sobre a lei e a Justiça justa.

Os primeiros recados à sociedade podem vir por meio da pauta de julgamentos do STF.

Estão na fila a definição sobre a prisão em segunda instância (que pode tirar ou manter de vez Lula na cadeia) e a reclamação disciplinar contra o juiz Sérgio Moro (pelo vazamento da interceptação telefônica envolvendo a ex-presidente Dilma Rousseff).

Mobilização

Alvos na internet

Nos sites de abaixo-assinados on-line, ministros do STF estão sempre na mira.

Há votações por pedidos de impeachment que não param de crescer.

O campeão de votos é Gilmar Mendes.

No change.com, mais de 2 milhões de pessoas exigem que o Senado paute o afastamento do ministro.

Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski também estão em listas.

Bolsonaro

Ritmo da campanha

O impacto da internação de Jair Bolsonaro (PSL) na estratégia de campanha do presidenciável já foi absorvido.

O cronograma de produção de materiais de campanha ganhou vida própria e escala quase normal.

Desempenho

As metas de Daciolo

O Patriota, de Cabo Daciolo, inova ao monitorar a evolução (ou não!) de seu candidato à presidência.

Efeito urna

Sinal dos tempos

O Ministério Público Eleitoral vai elaborar, ao fim das eleições, um cruzamento de dados entre as candidaturas de mulheres e as planilhas contábeis dos partidos.

O objetivo é avaliar a distribuição dos recursos do fundo partidário e a captação de doações entre homens e mulheres.

Balanço

Acerto de contas

O relatório de performance que foi encomendado pelo presidente Michel Temer à área econômica prevê o detalhamento das ações separadas por áreas.

Os documentos serão entregues pela Secretaria-Geral da Presidência aos empresários que encabeçam grupos estratégicos e têm representatividade no setor produtivo.

Administração

Ajustando a máquina

O Executivo Federal vem inserindo (a seu tempo e a seu modo!) na estrutura pública práticas e normas típicas da iniciativa privada que guardam relação com mais resultados e menos custos.

É o caso do recente anúncio de que será criado o sistema de sobreaviso e de banco de horas no funcionalismo.

Com as novas regras, as chefias poderão acionar o servidor nos momentos de descanso, se for motivo de urgência ou interesse público.

Sociedade

Onde é perigoso ser juiz

Estudo do CNJ revelou que ser juiz em Alagoas e em Roraima é uma profissão de risco.

Esses Estados registram o maior número de ameaças a magistrados.

De acordo com o diagnóstico da segurança do Poder Judiciário, 34 juízes brasileiros utilizam carros blindados e 17 vestem diariamente um colete à prova de balas debaixo do terno por medo de atentados.

Agenda

Comércio - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Mensal de Comércio e a Pesquisa Agrícola Municipal.

Presidenciáveis 1 - Marina Silva (Rede) é entrevistada por G1 e CBN.

Presidenciáveis 2 - Folha, UOL e SBT sabatinam hoje Henrique Meirelles (MDB).

Presidenciáveis 3 - Geraldo Alckmin (PSDB) é entrevistado hoje por O Globo, Valor Econômico e revista Época.

PIS/Pasep - O abono referente ao ano-base 2017 dos trabalhadores nascidos em setembro será pago hoje.

Nos jornais

Bolsonaro - Jair Bolsonaro (PSL) foi submetido a uma cirurgia de emergência na noite de ontem no hospital onde está internado. O procedimento durou pouco mais de uma hora e o presidenciável passa bem. (manchete de O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo)

Haddad - Em seu primeiro evento de campanha como candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad disse ontem, em tom de ironia, que seus adversários estão "com medo do vice", papel que desempenhava até a véspera. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Estado de S. Paulo)

Candidatos - Empatados na segunda posição, Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) reavaliam suas estratégias com o objetivo de conter a potencial ascensão de Fernando Haddad (PT). (manchete do O Globo)

Investigação - O Conselho Nacional do Ministério Público determinou a abertura de uma reclamação disciplinar contra cada um dos promotores que atuaram em casos contra políticos em campanha eleitoral. Ofícios serão enviados aos promotores que apresentaram recentemente ações contra Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e Beto Richa. (todos os veículos)

Sabatina - O candidato do PDT, Ciro Gomes, participou ontem de sabatina promovida por O Globo, Valor Econômico e Época. Além das críticas ao PT e à polêmica candidatura do ex-presidente Lula, comentou o envolvimento do Exército na política. (todos os veículos)

Fies - Apesar das mudanças recentes nas regras do Fies, menos da metade dos 50 mil financiamentos estudantis oferecidos pelo governo foram contratados. No primeiro semestre, apenas 54% das 82 mil vagas foram preenchidas. (manchete do Valor Econômico)

Câmbio - Após subir mais de 1% em relação ao real na véspera, o dólar operou em baixa ontem, em mais uma reação a resultados de pesquisa eleitoral, devido ao enfraquecimento global da moeda americana. A cotação da moeda terminou em queda, fechando em R$ 4,15. (todos os veículos)

Juros - Mesmo com a taxa básica de juros estacionada em 6,5% ao ano, o juro real nos contratos futuros com prazo de 12 meses chegou a 4,14% ao ano, quase dois pontos percentuais acima dos 2,17% registrados em 27 de abril. (Valor Econômico, Folha de S.Paulo e O Globo)

Cena fiscal - Em entrevista, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirma que a proposta de redução do Imposto de Renda das empresas vai aproximar a carga tributária da praticada pelos Estados Unidos. (O Estado de S. Paulo)

Telecomunicações - Oi, Claro e Vivo foram condenadas a pagar, cada uma delas, R$ 9,3 milhões por violar direitos dos consumidores entre 2009 e 2014 - maior multa aplicada pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça. (O Globo e Folha de S.Paulo)