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A inteligência financeira da digitalização

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Atualizado em 25 de fevereiro de 2016 14:54

Meu primeiro computador foi um PC-286 com, à época, imensos 5MB de espaço em disco (a título de comparação, num pendrive de 4GB cabem, grosso modo, 800 discos rígidos iguais ao meu). À época, o sistema operacional era o MS-DOS e um programa bastante bacana, um tal de Windows, havia sido recentemente lançado no Brasil (ou pelo menos chegado à Bahia).

Em dois tempos aprendi a linguagem MS-DOS.

Tinha, à época, no máximo 11 anos de idade. Sem querer me gabar, e mantidas as proporções tecnológicas da época, eu era muito mais precoce do que qualquer desses recém-nascidos de hoje, que ficam com o dedinho nervoso em cima de um tablet ou smartphone da moda.

E assim cresci. Acompanhei evoluções. Vi nascer o disquete de 3 ¼'', o desaparecimento das janelas do Windows, o CD-ROM, um tal de modem e uma rede de arquivos chamada BBS. Daí para a internet foi um pulo.

E testemunha que fui - e sou - de toda essa evolução, seria de esperar que hoje tivesse fixado residência em Palo Alto, Califórnia, sede de empresas como Google e Apple. Mas não. Quis a vida que eu fosse advogado.

E como advogado constantemente me pergunto como era a vida dos meus antecessores sem o computador. Como faziam pesquisa de jurisprudência. E, especialmente, se conseguiam fazer petições com mais de 15 laudas em máquinas de escrever.

Para o bem e para o mal a tecnologia invadiu a nossa vida, caros juristas. As informações viajam em frações de segundo. Notícias de duas horas atrás são antigas. Podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo com as vídeo-conferências (dane-se a física). As fotos que tiramos não mais são nossas. Compartilha-se tudo.

E nessa toada do compartilhamento, por que não compartilhar, também, ferramentas que podem tornar nossas vidas profissionais muito mais fáceis? Não se enganem, mas o Brasil tem uma tecnologia agregada a processos administrativos (vide Receita Federal) e processos judiciais (tá aí o processo virtual que não me deixa mentir) que é enormemente avançada. Por que não avançar internamente, dentro do escritório e na vida pessoal?

O objetivo deste espaço é esse. Trazer informações e dicas de aplicativos e funcionalidades do mundo da informática capaz de facilitar a vida no nosso mundo jurídico.

E a primeira dica é a utilização de aplicativos de captura de imagem/escaneamento.

Mas antes, deixe-me instiga-lo:

Espero que você ou seu escritório não seja do tipo que possui meia sala dedicada a arquivos físicos. Espero, realmente espero, que você, caro leitor, já tenha aderido aos documentos digitais.

Façamos as contas, caro leitor. Imagine que seu escritório seja na bela cidade do Rio de Janeiro, mais ou menos na região de Botafogo. O lugar é lindo, mas o preço é salgado. Em média R$ 16.000,00 o metro quadrado. Qual seria o sentido, então, de comprar uma sala dessas e gastar 2m² (R$ 32.000,00) só com espaço para o arquivo que irá guardar cópias de processos e documentos (nem inseri na conta o preço do armário em si, nem do condomínio proporcional, nem do IPTU proporcional, etc)? Por que não investir numa estrutura de informática que lhe permita manter fisicamente apenas os protocolos de petição e documentos originais dos seus clientes?

Você vai precisar de software de gestão, de scanner, de HD externo para backup, de uma conta de armazenamento na nuvem (também para backup), de um servidor, mas garanto que isso tudo não custará 30% do que você gastaria só com o espaço físico do imóvel.

Essas facilidades (melhor Scanner, melhor HD Externo, melhor serviço de armazenamento em nuvem, etc.) serão tratadas nas próximas edições desta coluna.

Hoje o foco é outro. É a facilitação de obtenção de cópias de documentos.

E para isso vou trazer a vocês exemplos de aplicativos que, juntamente com o seu smartphone (quem não tem?) vão facilitar enormemente a sua vida.

E para esta tarefa pessoalmente prefiro o Scanner Pro, mas, como é pago, você que é mais muquirana pode dar preferência ao Scannable ou mesmo ao CamScanner Free, ao Office Lens, etc. Todos gratuitos. Abaixo segue a imagem do Scanner Pro, que é o aplicativo da minha preferência, mas não se iniba e teste os demais para ver se gosta!

A ideia do aplicativo é, naqueles casos em que a máquina fotocopiadora esteja quebrada ou inacessível, ter a cópia imediata do documento em segundos.

Serve também para você guardar documentos pessoais, cartões de visita, recibos, notas fiscais, aquele termo de garantia impresso em papel amarelo que mais dia menos dia vai esmaecer.

E para isso basta apontar a câmera e o aplicativo transformará a foto em um documento 'pdf' pesquisável (ou seja, ele vai reconhecer as palavras do documento), e te dará a opção de enviar o arquivo para quem você quiser. Isso tudo em questão de segundos!

Alguns desses programas, inclusive, detectam automaticamente as bordas da folha de papel, permitindo que o processo seja ainda mais célere.

Aí você certamente perguntará: mas a qualidade do arquivo é boa? Eu respondo: boa não, excelente! Comparável, na maioria das vezes ao uso de um scanner normal (de mesa).

Então deixe a tecnologia facilitar a sua vida (pessoal e profissional) e baixe um scanner portátil no seu smartphone!

Um @braço!