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TJ/SP - Decisão paulista reconhece união estável entre mulheres

A 2ª vara da Família e Sucessões de Pinheiros reconheceu união estável entre duas mulheres. A.L.S.N. e N.E. pretendiam o reconhecimento judicial do relacionamento para que N.E., que é estrangeira, conseguisse a renovação de visto de permanência no país.

Da Redação

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Atualizado às 09:54


Relação homoafetiva

TJ/SP - Decisão paulista reconhece união estável entre mulheres

A 2ª vara da Família e Sucessões de Pinheiros reconheceu união estável entre duas mulheres. A.L.S.N. e N.E. pretendiam o reconhecimento judicial do relacionamento para que N.E., que é estrangeira, conseguisse a renovação de visto de permanência no país.

Segundo o juiz Augusto Drummond Lepage, apesar de não haver lei que regule a união homoafetiva, a CF/88 (clique aqui) autoriza o reconhecimento desse tipo de relacionamento como entidade familiar. "O preâmbulo da Constituição é expresso ao dispor que a sociedade brasileira é fundamentalmente fraterna, pluralista e sem preconceitos, sendo que os princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana, ambos consagrados pelos artigos 1º, inciso III e 5º, inciso I da Carta também impõem uma interpretação ampliativa do texto constitucional a fim de assegurar às pessoas de orientação homossexual o mesmo tratamento legal dispensado aos de orientação heterossexual."

O magistrado citou, ainda, a família que, de acordo com o art. 226 da CF/88, é a base da sociedade e tem proteção especial do Estado. "Família não é mais sinônimo de casamento de um homem com uma mulher. Logo, no Estado Democrático de Direito todos têm o direito de se unirem em relações monogâmicas, independentemente da orientação sexual."

Com base nesses fundamentos, reconheceu a existência da união homoafetiva mantida entre elas.

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