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STJ

Não compete ao Estado legislar sobre atendimento em agências bancárias

Funcionamento interno das agências bancárias é de responsabilidade do município.

Da Redação

quinta-feira, 22 de março de 2012

Atualizado às 15:02

STJ

Não compete ao Estado legislar sobre atendimento em agências bancárias

A Corte Especial do STJ considerou inconstitucionais quatro leis do Estado do RJ que disciplinam condições de prestação de serviço bancário dentro do espaço físico das agências. A decisão, por maioria de votos, deu-se na análise de uma arguição de inconstitucionalidade em recurso movido pela Febraban - Federação Brasileira de Bancos e vale para o caso julgado.

As leis Estaduais 3.533/01, 3.273/99, 3.213/99 e 3.663/01 determinam a colocação de assentos nas filas especiais para aposentados, pensionistas, gestantes e deficientes físicos; a instalação de banheiros e bebedouros para atendimento aos clientes; a disponibilização de cadeira de rodas para atendimento ao idoso; e a adoção de medidas de segurança em favor de consumidores usuários de caixas eletrônicos nas agências bancárias.

O ministro Benedito Gonçalves, relator, considerou que as matérias tratadas nas leis estaduais dizem respeito ao funcionamento interno das agências bancárias e, por conseguinte, às atividades-meio dessas instituições. "O intuito é amparar o consumidor, propiciando-lhe melhor espaço físico e tratamento mais respeitoso e humanitário", destacou o ministro.

Assim, Benedito Gonçalves entende que as questões têm evidente interesse local, cuja competência legislativa é do município, por força do disposto no artigo 30, I, da CF/88, e não do Estado, ao qual é vedado implicitamente normatizar matérias expressamente afetas a outros entes públicos pelo texto constitucional.