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Diretor da PF se encontra com Barroso para explicar declarações sobre inquérito de Temer

Segovia foi intimado após divulgação de entrevista em que ele teria dito que tendência era de arquivamento.

Da Redação

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Atualizado às 07:40

O diretor-Geral da PF, Fernando Segovia, se reuniu na tarde desta segunda-feira, 19, com o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, para explicar as declarações publicadas pela agência Reuters em que teria sinalizado a tendência de arquivamento de inquérito contra o presidente Michel Temer que investiga irregularidades no decreto dos Portos.

A entrevista com Segovia foi publicada em 9 de fevereiro, na qual ele teria dito que não havia provas contra o presidente. Assim, segundo a agência, ele indicou o arquivamento. A fala teve grande repercussão. Um dia depois, o ministro Barroso, que é relator do inquérito no STF, cobrou explicações, "tendo em vista que tal conduta, se confirmada, é manifestamente imprópria e pode, em tese, caracterizar infração administrativa e até mesmo penal", afirmou o ministro em despacho de intimação. Os esclarecimentos foram entregues ao ministro pelo próprio diretor.

Nas explicações, Segovia negou que tenha sinalizado o arquivamento do inquérito do presidente Michel Temer, e que suas declarações "foram distorcidas e mal interpretadas" e que "em momento algum pretendeu interferir no andamento do inquérito" ou induzir arquivamento.

Por fim, Segovia garantiu a Barroso que "não teve a intenção de ameaçar o delegado" responsável pelas investigações e ainda se comprometeu a não fazer mais comentários sobre o caso que envolve Michel Temer.

Veja o despacho.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também aguarda esclarecimentos, e deu o prazo de dez dias para manifestação de Segovia.

Temer é investigado pela edição de um decreto sobre o setor de portos. A suspeita é que a medida pode ter beneficiado a empresa Rodrimar. A investigação foi pedida ainda na gestão do ex-procurador-geral Rodrigo Janot.

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