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PF

Jungmann troca comando da PF: Rogério Galloro substituirá Segovia

Troca no comando da PF veio após desgaste provocado por entrevista de Fernando Segovia.

Da Redação

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Atualizado às 18:03

Nesta terça-feira, 27, o ministro da Segurança Pública Raul Jungmann decidiu trocar o comando da PF. Quem assume o cargo de diretor-geral é o atual secretário nacional de Segurança Pública, Rogério Galloro. Ele substitui o delegado da PF Fernando Segovia.

Galloro foi apontado como o preferido do ministro Torquato Jardim e da própria classe para a sucessão no comando da corporação. Ele, porém, foi preterido e Temer decidiu nomear Segovia.

Desgaste

Fernando Segovia assumiu comando da PF em novembro do ano passado, no lugar de Leandro Daiello. Entretanto, sua situação ficou abalada após conceder uma entrevista à agência Reuters, na qual afirmou não haver indícios de crime cometidos por Michel Temer no caso do Decreto dos Portos. Segovia teria sinalizado a tendência de arquivamento de inquérito contra o presidente Michel Temer que investiga irregularidades no decreto dos Portos.

Vale lembrar que nesta segunda-feira, 26, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao STF uma manifestação no inquérito que investiga o presidente Michel Temer e apura suspeitas de irregularidades na edição do decreto dos portos. A PGR se posicionou sobre as falas de Fernando Segóvia e enfatizou a necessidade de as diligências em curso serem mantidas em sigilo como forma de preservar a completa elucidação dos fatos.

O ministro Luis Roberto Barroso, relator do inquérito no STF, também se posicionou sobre as declarações de Segovia e cobrou explicações: "tendo em vista que tal conduta, se confirmada, é manifestamente imprópria e pode, em tese, caracterizar infração administrativa e até mesmo penal", afirmou o ministro em despacho de intimação.

Segovia, contudo, negou que tenha sinalizado o arquivamento do inquérito do presidente Michel Temer, e que suas declarações "foram distorcidas e mal interpretadas" e que "em momento algum pretendeu interferir no andamento do inquérito" ou induzir arquivamento.

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