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HCs

Semente de maconha não é insumo destinado à preparação de droga ilícita

2ª turma do STF encerrou ações penais sobre importação de pequena quantidade de sementes de maconha.

Da Redação

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Atualizado às 08:08

A 2ª turma do STF decidiu, por maioria, que duas pessoas não devem ser criminalmente processadas por terem importado pequena quantidade de sementes de Canabbis sativa, a maconha. Para os ministros, os casos não podem ser tratados como tráfico internacional de drogas nem como contrabando.

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Uma das pessoas importou 15 sementes, e a outra, 26. Segundo o relator dos HCs, ministro Gilmar Mendes, as sementes não chegaram a ser plantadas e não possuem o princípio psicoativo da maconha. Ele também apontou que não há qualquer indício de que as pessoas teriam o hábito de importar sementes para tráfico.

Os ministros Ricardo Lewandowski e Edson Fachin acompanharam o relator. Fachin, em seu voto, afirmou que a semente da Cannabis sativa em si não é droga e não pode ser considerada matéria-prima ou insumo destinado à preparação de droga ilícita. 

O único a divergir foi o ministro Dias Toffoli, relator de outros dois HCs, que tratavam do mesmo assunto e também tiveram a ordem concedida por maioria.

Assim, os ministros concederam as ordens e mantiveram as decisões que, em razão da ausência de justa causa, rejeitaram a denúncia contra os pacientes.

Criminalização

Vale lembrar que constitucionalidade do dispositivo no ponto em que se criminaliza o porte de pequenas quantidades de droga para uso pessoal está sendo discutida no RE 635.659, com repercussão geral reconhecida.

Informações: STF

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