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Cenário - 13.7.18

FSB Inteligência

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Atualizado às 08:25

Os números da economia e as projeções associadas a eles costumam influenciar o sentimento do eleitor.

Não por acaso, os indicadores que serão divulgados na próxima quinzena e ao longo de agosto consolidando o primeiro semestre despertam atenção especial dos gurus de campanha responsáveis pela elaboração dos planos de governo.

Em muitos sentidos, o balanço parcial de 2018 é desafiador.

As revisões de crescimento do PIB recolocam em foco a capacidade (ou não!) de o país superar de forma plena os anos de recessão.

O mesmo se aplica ao mercado de trabalho: a taxa de desemprego ainda muito elevada mostra que os efeitos colaterais da crise sobre o consumo e a renda vieram para ficar.

O discurso de necessidade de reformas está no dia a dia de todos os pré-candidatos, mas inserido como retórica de palanque apenas.

O problema é que o agravamento da realidade econômica de agora e as incertezas em torno das perspectivas para 2019 pedem bem mais do que isso.

Quem sonha com o Planalto precisa mostrar a que veio.

Ainda em construção, os eixos dos programas de governo estão em fase final de discussão entre os partidos e vão servir de base para as propagandas eleitorais.

A mágica está para começar! No rádio e na TV, perguntas sobre como, quando e por que começarão a ser respondidas a partir de 31 agosto.

Partidos

Aproximação e nuances

O apoio do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ao PT nas eleições presidenciais elevará o debate interno do PSB com as posições pró-Alckmin do governador de São Paulo, Márcio França, e apoiadores de Ciro Gomes.

Questões regionais são centrais na definição da aliança e tendem a ganhar ainda mais peso nas próximas duas semanas.

A neutralidade segue, no entanto, como alternativa.

Votação

Infraestrutura eleitoral

Termina na próxima segunda-feira, 16, o prazo para que os TREs designem os locais de votação dos municípios com mais de 100 mil habitantes que terão seções para o voto em trânsito.

Congresso

A pauta, a conta e as queixas

O Congresso está sob ataque por ter encerrado o primeiro semestre legislativo abrindo tantas frentes de gastos e, aparentemente, se preocupando pouco com o que virá em 2019.

A atual equipe econômica, que já estabeleceu pontes com todas as pré-campanhas ao Planalto, elevou o tom das críticas nos últimos dois dias.

O ministro da Fazenda Eduardo Guardia é o principal porta-voz, mas alertas secundários têm partido também do Ministério do Planejamento e do Tesouro Nacional.

Agenda

Serviços - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Mensal de Serviços referente a maio.

Estados - O governo do Rio paga hoje os salários integrais de junho para todos os servidores ativos, inativos e pensionistas.

Nos jornais

Lava Jato 1 - Por falta de provas, o juiz Ricardo Leite, da 10ª vara Federal, em Brasília, absolveu o ex-presidente Lula e mais seis réus da acusação de atuar para obstruir investigações da Lava Jato. É a primeira vez em que o petista é isentado em uma ação penal relacionada à operação. (todos os veículos)

Lava Jato 2 - Também foram inocentados o ex-senador Delcídio Amaral, o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai, todos acusados de participar de trama para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. (todos os veículos)

PSDB + PSD - Geraldo Alckmin selou nos últimos dias uma aliança com o PSD para as eleições 2018. O anúncio oficial deverá ocorrer na convenção da sigla, prevista para o dia 28 deste mês ou 4 de agosto. (Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo)

Crivella - A Câmara Municipal do Rio rejeitou ontem os dois pedidos de abertura de processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella. (todos os veículos)

Sindicatos - Mesmo com o fim da contribuição sindical compulsória, números do Ministério do Trabalho revelam que o interesse pela criação de sindicatos se mantém. Há um estoque de cerca de 2 mil pedidos de registros sindicais, sendo 1.500 prontos para serem concedidos. (O Globo)

Petrobras - Há pouco mais de um mês no comando da Petrobras, Ivan Monteiro defende a adoção de mecanismo que suavize as flutuações nos preços dos combustíveis. Esse mecanismo poderia ser um imposto, que aumentaria automaticamente quando o preço estivesse baixo ou diminuiria na hipótese contrária. (manchete do Valor Econômico)

Saneamento - O novo marco legal do saneamento básico permite que tarifas de limpeza urbana sejam cobradas na conta de água e esgoto quando o serviço de coleta e tratamento do lixo, por exemplo for prestado em regime de delegação, que inclui as concessões a empresas privadas. (Folha de S.Paulo)

Contas públicas 1 - Em entrevista, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirma que ampliar a concessão de benefícios tributários a setores específicos da economia é "absolutamente inoportuna" para o país e vai exigir medidas compensatórias para fechar as contas. (manchete de O Estado de S. Paulo)

Contas públicas 2 - Entre projetos que tramitam às pressas no Congresso e medidas de contenção de gastos que a equipe econômica não conseguiu aprovar, pode ser empurrado para o próximo presidente da República uma conta de R$ 68 bilhões apenas em 2019. Imperícia fiscal de União, Estados, municípios e Congresso engrossam a conta. (Folha de S.Paulo)

Assédio - Pesquisa realizada com funcionários do Banco Mundial mostra que uma de cada quatro mulheres que responderam à enquete afirma ter sofrido assédio sexual na instituição. O resultado, com cerca de 800 pessoas relatando episódios, foi obtido entre 5.056 colaboradores do banco, onde trabalham 24 mil pessoas. (Folha de S.Paulo)

Educação - O estado precário das escolas da prefeitura é alvo do relatório do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, que começou a ser votado ontem. Os auditores constataram no ano passado, em pesquisa feita por amostragem em 194 unidades, que 57,4% delas (112) estavam em más condições. (manchete de O Globo)

Internacional - Um dia depois de distribuir críticas aos líderes da Otan em Bruxelas, o presidente americano, Donald Trump, chegou à capital britânica sob protestos da população local, e com mais declarações que agitaram as já fragilizadas relações entre os dois países. (todos os veículos)