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A abertura do processo sucessório na empresa familiar - A figura do consultor

A presença de um Consultor poderá encontrar soluções e obter êxito na dura empreitada.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Atualizado em 7 de agosto de 2015 15:22

Em algum momento os sinais começam a aparecer no painel, indicando que algo acontece na máquina. Primeiros confrontos de meta e objetivos entre a "velha" e a nova geração; sinais de insatisfação recíproca, perda de confiança do pessoal administrativo face aos conflitos; clientes podem perceber o conflito e passam a procurar outras empresas.

Bem, se essas luzinhas vermelhas aparecem é chegada a hora de preparar a sucessão. Mike Colin, consultor americano na área de sucessão familiar e autor da obra "Passando a Tocha", fala de três a cinco anos de preparação e justifica: "Quanto maior o tempo do preparo, maiores alternativas a sua disposição e menores riscos para os sucessores". (obra citada)

Será de fundamental importância que a negociação ocorra num clima de confiança e equilíbrio entre as partes. Em geral trabalha-se sobre um fio distendido entre dois edifícios a 50 metros de altura.

Qualquer descuido será fatal. A presença então de um Consultor poderá encontrar soluções e obter êxito na dura empreitada.

A Participação de um Consultor

A arte de negociar pode ser difícil entre parentes. Assim, nas questões de Sucessão em que quase sempre há conflitos, a participação de um Consultor experiente sabe que, em geral, vai se confrontar com três situações típicas a saber: existe um lado mais forte do que o outro, as partes não sabem exatamente como fazer a sucessão ou apenas uma delas sabe.

Como deve o consultor agir nessas situações:

a) Não pode tomar partido do mais forte, o que seria cômodo mas não resolveria os problemas . Cabe-lhe buscar equilíbrio.

b) Quando as partes sabem o que querem a negociação poderia ser bem mais fácil. Não é, entretanto, o que ocorrer como regra.

c) Se nenhuma das partes sabe bem o que quer, caberá então ao Consultor direcionar sua atuação nos objetivos desejados e torná-los claros. Caso apenas uma das partes tenha uma posição firme o Consultor deverá atuar de maneira que a outra também estabeleça com nitidez os objetivos e buscar soluções.

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*Leslie Amendolara é Sócio Diretor do Forum Cebefi e advogado em Direito Empresarial e Mercado de Capitais.

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