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Software na nuvem: devo me preocupar com a indisponibilidade de sinal?

Luciano Martins

Entre as principais preocupações está a impossibilidade de acesso à solução em função da indisponibilidade da internet.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Atualizado às 08:43

Muitas empresas ao enfrentarem a decisão de contratar um software na nuvem, mesmo conhecendo as inúmeras vantagens que a mobilidade lhes trará, começam a pensar nos possíveis problemas que essa modalidade de contratação poderia lhes trazer. Entre as principais preocupações está a impossibilidade de acesso à solução em função da indisponibilidade da internet.

Segundo o State of Connectivity 2015, estudo anual do Facebook, que analisa dados relacionados à conectividade global, há 3,2 bilhões de pessoas conectadas à internet, um crescimento de 10% em relação aos 2,9 bilhões do ano anterior. No Brasil, são 25,23 milhões de acessos de internet banda larga fixa, segundo dados da ANATEL, o que corresponde a aproximadamente 19 milhões de usuários, concentrados principalmente nos estados das regiões Sudeste e Sul.

Como o mercado de TI está reagindo a esta mudança?

Essa tendência mundial tem levado muitas soluções de TI (tecnologia da informação) para a nuvem. Basicamente, isso significa que a aplicação fica hospedada em um computador (data center) e não em um servidor local, como acontecia tradicionalmente. Assim, o usuário pode acessar o software na nuvem de qualquer lugar, através de um computador ou dispositivo móvel (tablet ou celular) usando login e senha. Uma outra tendência mundial, a computação em nuvem, vem crescendo em ritmo acelerado justamente por trazer grande comodidade para seus usuários. Segundo a pesquisa da F5 Networks, 81% das empresas brasileiras querem investir nesse modelo.

Além do benefício óbvio de poder utilizar a ferramenta onde estiver (no escritório, em casa, na praia ou em uma audiência, por exemplo), dados armazenados em nuvem são mais seguros, pois os data centers possuem protocolos de segurança que impedem invasões cibernéticas e rotinas preventivas que eliminam o risco de perda de dados em função de danos físicos, causados por incêndios, por exemplo. Há também a questão da infraestrutura. Usar um software de maneira tradicional requer toda uma parafernália de equipamentos (servidores, no breaks e outros), que além de um custo de aquisição possuem também um custo de manutenção. Apesar de todas essas vantagens, o que muitos usuários se perguntam é o que fazer quando a internet cai?

Minha internet caiu! E agora?!

Imagine a situação: você está no seu escritório atendendo um cliente importantíssimo. Vocês estão discutindo seu processo quando de repente a aplicação deixa de funcionar porque a internet caiu. O que fazer?

Existem muitas alternativas para solucionar esse problema. A primeira, e mais simples, é acessar o software na nuvem através do seu smartphone ou tablet. Embora desconfortável, realizar a reunião olhando para a tela de um celular pode ser a solução disponível. No caso do tablet, é bastante simples conectá-lo à televisão utilizando um cabo HDMI. Outra possibilidade, é configurar o seu celular para que funcione como um modem. Por fim, você pode considerar uma alternativa mais prática, porém mais cara, que é ter uma redundância de acesso à internet. Em outras palavras, contratar duas operadoras diferentes para oferecer o mesmo serviço. Assim, mesmo que o sinal de internet seja interrompido em uma delas, você poderá contar com o serviço prestado pela outra.

Seja qual for a sua escolha, o importante é saber que aquela reunião importantíssima não será interrompida por causa de um detalhe técnico. E que a contratação de um software na nuvem é, de longe, muito mais vantajosa que a aquisição de outro on site, instalado em sua própria infraestrutura.

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*Luciano Martins é Project Owner do SAJ ADV - Software Jurídico.

Softplan Planejamento e Sistemas Ltda

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