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A arte de definir as prioridades: nossa grande aliada!

Ao ser convidada para participar do especial do Migalhas sobre o Dia Internacional da Mulher com um artigo sobre "A Mulher e o Mercado de Trabalho", não consegui deixar de pensar em um dos temas mais impactantes para a vida da mulher profissional, independentemente da área em que ela atua: conciliação da vida profissional com a vida pessoal.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Atualizado em 4 de março de 2010 14:13


A arte de definir as prioridades: nossa grande aliada!

Camila Peixoto Olivetti Regina*

Ao ser convidada para participar do especial do Migalhas sobre o Dia Internacional da Mulher com um artigo sobre "A Mulher e o Mercado de Trabalho", não consegui deixar de pensar em um dos temas mais impactantes para a vida da mulher profissional, independentemente da área em que ela atua: conciliação da vida profissional com a vida pessoal.

Não há dúvidas de que esse seja o grande dilema, a grande preocupação, e o grande desafio da mulher contemporânea que trabalha fora de casa.

E assim é por um único motivo, que cá entre nós não é nada simples: queremos ser profissionais de sucesso, em constante ascensão na carreira escolhida, ao mesmo tempo em que também queremos ser boas (ou perfeitas!) mães, esposas, filhas, irmãs, noras, cunhadas, amigas, vizinhas, patroas, donas-de-casa, sobrinhas, madrinhas, e a lista vai longe!

E mais: também queremos manter nossos corpinhos em bom estado, com músculos definidos iguais aos das modelos das capas de revista, para não fazer feio perante o marido, perante os amigos, e perante a si mesma ao se olhar no espelho (nada mais gostoso do ficar contente com o resultado geral, apesar de alguns defeitinhos absolutamente aceitáveis!). E para isso precisamos dedicar mais algumas horas semanais aos exercícios físicos na academia, no clube, ou no parque mais próximo.

E mais: também queremos algum momento de paz e sossego na semana, nem que essas horas sejam a do cabeleireiro e a da manicure, para podermos fugir das obrigações e termos algum tempo só para nós, sem cobranças externas e sem estresse (tirando a hora da depilação, claro, que é absolutamente estressante!).

Queremos e merecemos esse momento de paz e sossego, pois afinal, não é nada fácil ir a um evento profissional ou a um curso e no intervalo conciliar networking com ligações para a assistência técnica porque o congelador da geladeira pifou e você está perdendo toda a compra de mês que fez na semana anterior! Ou sair correndo do trabalho para levar o filho para a natação, e chegando lá, ficar acenando para ele com um grande sorriso no rosto parabenizando-o por conseguir dar braçadas com a cabeça dentro d'água, enquanto fala com o marido pelo celular para combinar pagamentos, eventos sociais, compras, quem vai levar os filhos ao médico, etc. e etc.!

Em resumo, carregamos nos ombros cargas e cargas de responsabilidade e cobranças, por termos que desempenhar vários papéis ao mesmo tempo.

Acredito que não exista regra certa e absoluta sobre como proceder, pois cada caso é um caso, cada casa é uma casa, cada pessoa é uma pessoa, cada família é uma família, cada mulher é uma mulher, cada carreira é uma carreira.

Entretanto, apesar de não ser nenhuma expert na área de comportamentos, acredito que uma boa ajuda para conseguirmos uma boa conciliação de nossas tarefas seja a velha e conhecida máxima: devemos estabelecer prioridades.

Não que isso seja tarefa fácil, pois também não é. E essa tarefa também demanda tempo! Mas talvez devêssemos gastar alguns minutos, horas, dias ou semanas pensando e definindo nossos objetivos, afinal, a grande questão é: Para onde estamos direcionando o barco da nossa vida? Onde será que vamos chegar com tanta correria e afobação?

Pode até ser que a conclusão seja: quero ter uma vida profissional de sucesso na carreira X; filhos educados, felizes e realizados; e um casamento sólido e feliz, que sirva como base para uma boa estrutura familiar.

Nessas horas é que se conclui que deixar de ir ao batizado da filha do primo distante para ficar em casa jogando um jogo, ou vendo filme, ou pintando com os filhos seja a melhor das escolhas!

Ou que deixar de fazer atividades físicas por alguns anos para fazer uma pós-graduação importante para alcançar determinado objetivo profissional também seja uma ótima!

Ou que toda sexta-feira será dia de happy-hour com o marido para tomar um "choppinho" e assim manter a intimidade e a cumplicidade.

Enfim, vários são os sonhos e objetivos, e várias são as formas de alcançá-los!

Cabe a cada uma de nós defini-los, nos cercar de uma estrutura minimamente suficiente para nos ajudar a chegar lá, e não nos esquecer das concessões e das priorizações, que nos ajudam a balizar e conciliar da melhor forma todas as nossas responsabilidades e papéis, quaisquer que sejam eles.

Será que assim teremos garantia de felicidade e sucesso absolutos? Certamente não!

Mas talvez possamos ter a tranqüilidade de pelo menos termos tentado fazer o melhor com nossas escolhas, com nosso tempo e com a nossa vida.

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Leia mais

4/3/10 - "Mulheres e mercado de trabalho. Uma visão diferente" - Daniela Pozzetti - clique aqui

3/3/10 - "A mulher e o mercado de trabalho" - Daniella Janoni - clique aqui

2/3/10 - "Mulheres no mercado de trabalho" - Ana Amélia Ramos de Abreu - clique aqui

1/3/10 - "Para filosofar" - Juliana Marques - clique aqui

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*Advogada da Villares Metals S.A. e integrante do grupo Jurídico de Saias








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