As mulheres e o mercado de trabalho

Cristiane Peixoto de Oliveira Marrara*

Será que podemos afirmar nos dias atuais que as mulheres finalmente conquistaram seu espaço no mercado de trabalho?

A resposta é sim. Cada vez mais as mulheres assumem posições de destaque em vários segmentos e conquistam postos de trabalho nunca antes imaginados, como pilotos de aeronaves, estrategistas, desembargadores, presidentes de grandes empresas, etc.

Porém, não se pode afirmar que a conquista de "um lugar ao sol" tenha sido fácil, sendo resultado de muita luta e provação.

Historicamente, as mulheres sempre foram muito discriminadas e pouco a pouco estão conseguindo comprovar o seu valor. No entanto, infelizmente ainda há uma disparidade salarial entre homens e mulheres, sendo certo que o salário de executivas e trabalhadoras das mais diversas profissões ainda é mais baixo que o valor pago para os homens que ocupam o mesmo cargo.

Esta constatação pode ser feita de forma rápida e fácil, através do novo portal criado pelo Governo do Estado de São Paulo, denominado Salariômetro (www.salariometro.sp.gov.br), onde temos a possibilidade de verificar que as mulheres com a mesma idade e a mesma formação recebem um salário menor que os homens nas mesmas condições.

Ou seja, a mulher é tão ou mais capaz que seus colegas do sexo masculino, tem o mesmo nível de estudo, a mesma carga horária e ainda assim ganham menos. Os motivos para esta diferenciação podem ser históricos, baseados numa sociedade ultrapassada e machista, mas não são de forma alguma razoáveis.

O significado é que o embate ainda não acabou. As mulheres precisam continuar lutando para alcançar esta igualdade. Precisamos levar este tema adiante na comunidade em que vivemos, para conscientizar a população em geral que hoje não há mais espaço para discriminações como esta. Há necessidade de sugerir novos Projetos de Lei aos nossos representantes no Poder Legislativo, para evitar que isto continue ocorrendo. Além disso, devemos denunciar eventuais desigualdades comprovadas para o Ministério Público do Trabalho e questionar nossos gestores sobre os motivos da desigualdade existente.

Acredito que há sim uma luz no fim do túnel e com certeza isto em breve será mudado. Pelo menos em nosso país, em que a cada dia aparece uma nova trabalhadora em destaque, como por exemplo na cidade de São Luiz do Piraitinga, no Estado de São Paulo, onde a Prefeitura, a Câmara Municipal, a Delegacia de Polícia e o Fórum são comandados por mulheres.

A moral da história é que devemos seguir adiante para vencer mais uma etapa da nossa batalha, na busca de salários condizentes com os trabalhos realizados.

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