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A cidade tem que ser um lugar para se encontrar

A cidade tem que ter lugar para pedestres, bicicletas, táxis, ônibus e até automóveis, em convivência harmônica.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Atualizado em 28 de maio de 2013 11:05

Migalhas não cuida exatamente de trânsito, mas cuida de temas transcendentais e o trânsito em São Paulo é um deles. Dramático para todos nós. Mais ainda que nenhuma autoridade se preocupa ou trabalha para minorar o drama.

A cidade tem que ter lugar para pedestres, bicicletas, táxis, ônibus e até automóveis, em convivência harmônica. Basta estabelecer prioridades com absoluto rigor. Prioridade não é igualdade e em geral os políticos, que infelizmente nos governam, querem dar um pouco a todos.

Temos que eleger a quem priorizar segundo o valor agregado, ou seja, o valor em uma cidade são as pessoas, estas que devem estar juntas e se reunir, não os automóveis. "Prioridade para todos é prioridade para ninguém".

A ordem tem que ser a seguinte: primeiro, a pessoa, em seguida o pedestre, a bicicleta, o transporte publico, o táxi e por ultimo o automóvel e a moto.

A velocidade para fazer trafegar tem que ser baixa de 25 a 30 km no máximo. Vale para a segurança, o ambiente e menos ruído. Está provado, quanto mais lento mais fluidez.

Portanto, a partir de verdades provadas em várias cidades da Europa é preciso, a partir destas ideias básicas, formular um plano. Para tal precisa é essencial haver coragem politica de fazer o bem ao coletivo, impor um sistema que possibilite um transporte público melhor, que para melhorar precisa que haja fluidez no trânsito.

A indústria automobilística, com seu lobby gigantesco e a imprensa silente porque ganha com isto, inclusive com os inúteis programas de ajuda ao motorista, incentivam o uso do automóvel, que é pedaço de ferro, pesando toneladas com vários metros quadrados, em geral uma pessoa em seu interior.

Um detalhe importante a constar: as cidades inteligentes estão aprovando seus prédios comerciais sem estacionamento. Estão diminuindo e proibindo estacionamento em ruas ou avenidas, cobrando pedágios, estabelecendo faixas de rolamento privilegiadas para o transporte publico. O automóvel tem que ser o último na escala das prioridades e não o primeiro como é na nossa triste realidade.

Vamos discutir o tema.

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* Ricardo Portugal Gouvêa é advogado do escritório Advocacia Portugal Gouvêa.

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