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O "Dia do Homem"

Uma homenagem ao dia 15 de julho, data que marca o Dia do Homem.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Atualizado em 12 de julho de 2013 11:43

Outro dia ouvi no rádio que dia 15 de julho seria o "Dia do Homem". Não sei se é verdade, ou se é apenas jogada de publicidade, mas pensando sobre o assunto acho que, de fato, este dia deve existir.

No grupo poderoso de executivas jurídicas que orgulhosamente faço parte, noto que nossos artigos são bastante voltados à carreira, à condição de mãe, de cidadã, mas poucos, ou talvez nenhum, foram dedicados aos homens de nossa vida. Num momento de grande tranquilidade emocional decidi escrever sobre os homens da minha.

Primeiro : meu pai. Um homem sensacional a quem devo muito do que sou. Que ficou exultante ao ter uma primogênita, que me fez uma filha companheira de divagações, colóquios ao ar livre, idas à biblioteca. Que me deu a intelectualidade e erudição necessárias para temperar a força e a impetuosidade herdados de minha mãe. Até hoje, ele se revela um "paizão" italiano, daqueles que tem a chave de casa e que resolve todos os problemas corriqueiros que a agenda apertada não permite dar conta.

Segundo: meu filho. Um presente maravilhoso. Lindo, afetuoso e companheiro. Sorriso aberto dos seus 17 anos que inunda meu coração. Estudioso, dedicado, responsável, tímido como o pai e sapeca como eu. Os sábados e domingos são dias especiais, em que ele e irmã demonstram a alegria que têm de ficar com os pais. Espero que o destino o mantenha perto de mim e que o futuro o faça tão feliz quanto ele me faz.

Terceiro: meu marido. Terceiro, mas não menos importante. Escolhi falar dele por último, por que pais e filhos são algo que não escolhemos, mas o parceiro de existência, este sim, é fruto de uma opção. Eu acho que muitas mulheres não falam de seus amores, pelo medo da "síndrome de Débora Secco". Explico: a bela atriz tem uma sina, basta tatuar no pé ou em alguma parte do corpo o nome de seu amado e proclamar ao mundo sua nova paixão e tudo acaba. Assim, muitas acreditam que quanto menos falarem, mais a união durará. Eu quis arriscar. Um homem vive comigo há 18 anos tem que ser celebrado. Belo, bem-humorado, inteligentíssimo e paciente. Desejo sinceramente que sejamos como um casal de pinguins- de- Magalhães para toda a vida.

Mas resumindo, os homens de minha vida merecem toda minha admiração, porque não é fácil viver comigo. Como não deve ser fácil viver com nenhuma mulher contemporânea. Dividir a trilha, aceitar a nossa ambição, as frustrações que temos no trabalho, o novo papel da mulher guerreira, ativa,incansável. O homem não deve nem saber o que fazer se ele não manda mais, não é mais provedor, nem proteger precisa mais.

Alguns sabem o que fazer. Alguns sabem que só precisam estar lá, entender...Alguns sabem que só precisam ser eles mesmos.

Os meus sabem...E eu sou agradecida a eles por isso...

Para eles : Feliz "Dia do Homem"!

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* Alessandra Raffo Schneider, Diretora Jurídica da Suzlon Energia Eólica do Brasil, membro do Jurídico de Saias e filha de Reginaldo, mãe de Patrick e esposa de Marvin.

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