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A comunicação estratégica na vantagem competitiva dos escritórios de advocacia

A profissão do advogado mudou no decorrer dos anos e seu papel de negociador foi atualizado consideravelmente - antes na solução de conflitos e hoje como um dealmaker - e é cada vez mais comum dentro do planejamento das empresas. Resta apenas elas saberem de sua existência.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Atualizado em 24 de setembro de 2019 16:44

Não é novidade alguma o delicado momento econômico e político que atravessa nosso país, ainda mais em um ano de eleições em que a incerteza dos novos rumos do Brasil traz insegurança para todos. Nas empresas, indústrias e comércio não é diferente. Essa incerteza inibe investimentos e aumentam cortes de despesas.

Em paralelo, especificamente na área jurídica, soma-se os fatores acima a uma enxurrada de novos advogados no mercado todos os anos, mais os novos escritórios, muitos deles compostos por profissionais dissidentes de outras grandes bancas que aumentam a concorrência demasiadamente.

Com esse alto volume de profissionais no mercado é necessária uma mudança no modo de atuação e filosofia de trabalho que traz, por consequência, o diferencial para o escritório. É necessário o advogado trazer vantagens competitivas no mercado, elaborar novas estratégias de ação, além da inevitável reinvenção da profissão, consequente das novas tecnologias existentes no mercado, como inteligência artificial e robotização, que praticamente extinguiram algumas atividades do advogado e deram novo sentido à profissão.

Um dos fatores essenciais nessa busca do advogado por sua visibilidade e posicionamento no mercado, sem dúvida nenhuma, é a comunicação estratégica. Sabemos que o estatuto de ética da OAB é um impeditivo para algumas atividades publicitárias dos escritórios de advocacia, no entanto, uma comunicação assertiva consegue trazer resultados interessantes sem infringir tal estatuto. Nesse ambiente cada vez mais concorrido é fundamental que o advogado entenda que a comunicação e o marketing se tornaram indispensáveis na estratégia de seu negócio.

Contudo, mais do que se comunicar, é preciso saber para quem se comunicar e utilizar as ferramentas corretas. Uma das grandes dificuldades encontradas pelos advogados é encontrar o seu público, por isso que, na maioria das vezes, o escritório depende de indicação de clientes para aumentar sua carteira.

O planejamento de comunicação estuda o trabalho do escritório, entende o nicho de atuação de seus clientes, treina o advogado a escrever para seu público (que muitas vezes é composto por pessoas que nem sempre têm a formação jurídica) e traça estratégias que permitem consolidar sua imagem no mercado.

A profissão do advogado mudou no decorrer dos anos e seu papel de negociador foi atualizado consideravelmente - antes na solução de conflitos e hoje como um dealmaker - e é cada vez mais comum dentro do planejamento das empresas. Resta apenas elas saberem de sua existência

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*Luís Fernando Zeferino é jornalista com MBA em Marketing e pós-graduado em Comunicação Corporativa. Diretor da AZ Brasil Comunicação.

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