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Quais são as tendências pós-coronavírus para o meio jurídico?

A pandemia do novo coronavírus mudou muitas coisas. Mas, quais são as tendências assim que essa situação acabar?

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Atualizado às 09:35

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É inevitável dizer que o novo coronavírus está transformando e transformará a nossa sociedade. Podemos observar as mudanças que aconteceram em meio à pandemia e muitas outras que já começaram a ser discutidas. 

Pesquisas apontam que as tendências pós-coronavírus são na verdade coisas que precisaram ser antecipadas por conta da pandemia. Elas já estavam previstas para acontecerem, porém por conta das medidas de isolamento social e de prevenção ao covid-19, foram necessárias essa antecipação. 

Aumento de adeptos ao home office

Se algumas instituições pensavam em adotar o teletrabalho como novo regime, sem dúvidas, precisaram tomar essa decisão muito antes do que pensavam. Praticamente do dia para noite, as empresas começaram a organizar suas operações para trabalhar com o home office

Após a reforma trabalhista, este modelo de trabalho ganhou sua regulamentação, o que ajudou algumas empresas a adotarem o teletrabalho. Com o isolamento social, o home office ganhou mais destaque e muitas empresas já declararam que pretendem continuar com este regime, mesmo após a pandemia. 

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o home office pode chegar a 22,7% das ocupações nacionais. Além disso, colaboradores dizem que mesmo trabalhando mais, preferem continuar trabalhando de casa. 

Uma das áreas que mais ganharam destaque neste período, foram as áreas de Direito Trabalhista, Cível e Consumidor. Então, é válido ficar de olho no caminho que estão seguindo, podendo ser uma boa oportunidade para se especializar e começar a atuar com elas.

Votação online

Devido às medidas de prevenção ao covid-19, como o isolamento social, uma das ações tomadas pelo Senado, foi a realização de legislativos virtuais. Inclusive, o Brasil foi o primeiro País a ter votação online no mundo, e outros países também estão adotando esse modelo de sessão. Como resultado, isso pode impactar também os tribunais e câmaras legislativas. 

Julgamento virtual

Segundo o ministro Alexandre de Moraes desde agosto de 2019, quando foi aprovado o plenário virtual, seis meses depois, tiveram mais julgamentos de ADIs do que nos últimos seis anos. 

Os julgamentos onlines tiveram tantas respostas positivas, que em março deste ano, o STF ampliou a prática. 

Neste tipo de julgamento, a sustentação oral das partes é feita por videoconferência, com o juiz e os ouvintes presentes online.

Moeda cada vez mais digital

Como sabemos, as cédulas e moedas possuem bactérias e podem ajudar na transmissão de doenças, como o coronavírus, por exemplo. Para evitar o contato e transmissibilidade através do dinheiro, os pagamentos feitos por meios digitais ganharam mais espaço. 

O "novo normal"

Ainda é difícil dizer como será esse "novo normal", mas podemos prever que ele caminha cada vez mais para o ambiente digital. 

A advocacia 4.0 será muito mais presente e as transformações tecnológicas farão muito mais parte da nossa rotina. 

O fato é que essas mudanças já estavam acontecendo, a passos lentos, mas caminhando. Entretanto o covid-19 fez com que essas transformações fossem antecipadas por necessidade, não por escolha. 
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t*Caroline Capra é analista de Marketing Jr da Advise. Produz conteúdos relacionados ao Direito e Tecnologia com o intuito de melhorar a rotina dos advogados.

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