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Por que devemos valorizar o treinamento sobre a diversidade cultural

O treinamento que trata sobre a diversidade cultural, ele não tem a intenção de suprimir culturas distintas e sim fazer com que pontos divergentes convivam com um denominador comum, que nada mais é do que os objetivos estabelecidos pela empresa.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Atualizado às 08:07

 (Imagem: Arte Migalhas)

(Imagem: Arte Migalhas)

Quando a empresa se preocupa em realizar um treinamento intercultural, os funcionários passam por um processo inicial de integração e adaptação a missão e regras da empresa. É nesse momento, que os funcionários recebem todo o apoio e conhecimento para fazer parte da nova cultura corporativa, e com isso ficam mais à vontade em tirar as dúvidas com o intuito de entender e esclarecer e assim administrarem as mudanças, que forem necessárias para que possam estar de acordo, com as regras determinadas pela empresa.

O treinamento que trata sobre a diversidade cultural, ele não tem a intenção de suprimir culturas distintas e sim fazer com que pontos divergentes convivam com um denominador comum, que nada mais é do que os objetivos estabelecidos pela empresa.

E com isso, esse treinamento contribui para o engajamento tornando o processo de adaptação mais rápido e assertivo, evitando assim problemas com a saída e desmotivação precoce do funcionário, por exemplo.

É importante reconhecermos nos treinamentos de compliance, pontos importantes da cultura, e que quando esclarecidos tornam o treinamento mais efetivo e demonstra ao funcionário a forma como ele é capaz de agir de maneira condizente, tanto em ações dentro da empresa quanto fora dela.

Desta forma, as equipes de funcionários treinados poderão encontrar novas maneiras de realizarem as tarefas e atingir os resultados que muitas vezes parecem distantes. Eventualmente isso contribui para um ganho de diferencial competitivo, já que a empresa passa a ter uma configuração que nenhuma outra possui.

O treinamento intercultural, além de gerar resultados para a empresa, traz o máximo de entendimento, satisfação e eficiência desses profissionais.

O treinamento intercultural é de suma importância, quando existem profissionais de outros países e culturas, pois caso não haja esse tipo de treinamento, corre-se o grande risco de haver um choque cultural. As diferenças na forma de atuar, se relacionar e enxergar o mundo podem pesar no ambiente de trabalho e na adaptação, comprometendo os resultados.

Pois ele tem como objetivo principal garantir a integração de culturas diferentes, além de oferecer suporte para que o expatriado saiba como agir e atingir o máximo potencial dentro de uma nova realidade.

Mais do que isso, esse treinamento é capaz de trazer muitos outros benefícios.

Imagine, por exemplo, um profissional de outro país que chega ao Brasil para trabalhar com vendas. Ao passar por um treinamento adequado, ele terá maior consciência de como se dão as relações interpessoais com clientes, podendo usar critérios e elementos que favorecem a prospecção.

Além disso, mesmo os colegas de trabalho ficarão mais satisfeitos com a atuação dele, já que os ruídos na comunicação se tornarão menos intensos ou desaparecerão por completo, além da melhora com as habilidades de relacionamento e comunicação.

E, por falar nisso, a capacidade de se comunicar é favorecida em vários sentidos, graças a um treinamento como esse. Pois o funcionário é capaz de compreender quais são os elementos

importantes para estabelecer um bom relacionamento, inclusive e especialmente com seus colegas de trabalho.

Quanto aos demais profissionais, eles são capazes de entender as diferenças para a cultura das outras pessoas e podem, até mesmo, absorver elementos que sejam considerados altamente benéficos para a própria atuação.

Diante do que, até então, é considerado diferente, todos conseguem trabalhar as habilidades de relacionamento e comunicação, favorecendo a integração da equipe. O fato é que, a partir de um elemento intercultural como esse, todos se sentem mais dispostos a lidar com as diferenças, de modo a evitar os choques de cultura.

Em vez de um determinado comportamento causar estranheza, ele é levado em conta como algo que é diferente e apenas isso. Desse modo, todo mundo se sente mais motivado e se engaja com mais intensidade.

Sabendo que o expatriado está para somar na equipe, por exemplo, os profissionais atuam de modo a integrá-lo - inclusive porque sabem que ele já possui alguma noção a respeito de padrões e costumes da sua cultura.

Quanto maior é a integração de equipe, mais elevada é a sinergia. Ter mais gente atuando sobre o mesmo problema e/ou rumo ao mesmo objetivo faz com que os resultados surjam com maior facilidade.

Em uma análise geral, isso significa que a equipe se torna mais produtiva, agindo com menos obstáculos causados pela diferença de culturas. Há, ainda, uma diminuição na quantidade de erros e de retrabalhos, o que contribui para uma melhor utilização de recursos, como tempo e dinheiro.

Sem esse treinamento, por outro lado, a chegada de uma pessoa de outra cultura pode causar perturbações que impactam o ritmo de trabalho e, por fim, comprometem a quantidade obtida de resultados.

Durante todo esse processo de treinamento, a cultura organizacional também é trabalhada de modo a integrar os novos colaboradores à realidade da empresa.

Isso acontece porque a inserção não é feita apenas do ponto de vista dos novos costumes de uma sociedade diferente, mas, principalmente, em relação a como o negócio atua.

Isso gera maior conhecimento e alinhamento à cultura organizacional, há um reforço positivo a respeito dos valores e preceitos seguidos, o que contribui para que a cultura empresarial faça cada vez mais parte da atuação de todos os envolvidos.

O fato de se preocupar em realizar um treinamento desses já é um indício de que o empreendimento tem interesse em celebrar a diversidade, aproveitando-a da melhor maneira possível e ao colocá-lo em prática, a diversidade cultural não é mais um problema ou uma barreira, mas, sim, um elemento a mais que pode fazer toda a diferença.

Daniele Pescadinha

Daniele Pescadinha

Regional General Counsel e palestrante do 1º Congresso de Compliance para Pequenas e Médias Empresas.

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