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Regras de publicidade: o tipo de publicidade permitida para escritórios de advocacia

Como ter sucesso com a estratégia de marketing jurídico que continuará balizando o provimento da OAB, mesmo após novas regras.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Atualizado às 13:00

 (Imagem: Arte Migalhas.)

(Imagem: Arte Migalhas.)

O ano de 2021 começa sob a expectativa da votação pelo Conselho Federal da OAB, prevista para março, de um novo provimento sobre as normas de propaganda e publicidade para a advocacia. A modernização das regras, no entanto, deve ser pautada por uma prática de marketing jurídico que é recomendada pelo atual Código de Ética da advocacia: o conteúdo informativo.

Produzir conteúdo que leve conhecimento ao público em geral ou à clientela do escritório de advocacia ou, ainda, que apresente esclarecimentos sobre questões que fogem ao entendimento de quem não é advogado, mais do que permitido, é eficaz para reforçar a imagem de especialista e ampliar oportunidades de negócios.

Pense na frequência com que clientes ou mesmo pessoas de outros círculos de relacionamento procuram advogados(as) do seu escritório para esclarecer dúvidas sobre mudanças legislativas, jurisprudências e tantas outras questões do universo jurídico que são de difícil compreensão para quem não tem domínio do tema? Isso acontece porque as pessoas reconhecem a autoridade do escritório e de sua equipe sobre assunto em relação aos quais elas têm anseios e receios e que, por isso, são relevantes para elas.

O conteúdo informativo como estratégia de marketing jurídico é capaz de aumentar exponencialmente a quantidade de pessoas que percebem advogados(as) ou escritórios de advocacia como especialistas, ampliando a visibilidade da marca pessoal ou corporativa para um público que pode representar mais oportunidades de negócios.

Por que o marketing de conteúdo é a melhor publicidade para a advocacia?

O processo de decisão sobre a contratação de um serviço especializado, como a advocacia, é mais complexo do que decidir comprar produtos corriqueiros, tais como roupas, utensílios domésticos etc. De forma geral, quanto mais caro e quanto mais desconhecida a natureza do serviço for para o contratante, mais longo será esse processo.

Isso se dá por muitas razões. Mas a principal é porque o contratante precisa se informar sobre o serviço para sentir segurança sobre a contratação. Diferentemente de quem oferta, quem contrata tem dúvidas sobre o serviço porque não domina o assunto. Por isso, o conteúdo informativo funciona como uma espécie de chave que vai destravando barreiras mentais de potenciais clientes.

A cada dúvida elucidada as pessoas ficam, naturalmente, mais próximas da etapa da decisão. Quanto mais informação e mais clareza sobre o tema a pessoa tiver, mais confiante ela ficará para tomar uma decisão favorável à contratação do serviço.

Mas qual tipo de publicidade é possível fazer com conteúdo informativo?

Quando falamos em conteúdo informativo, estamos tratando sobre produzir materiais que auxiliem os seus clientes e/ou futuros clientes a resolver questões do dia a dia deles. São textos, vídeos, áudios ou qualquer outro formato de conteúdo que informe, analise e explique aspectos de determinado tema sobre os quais seu público precisa prestar atenção.

Para ser estratégico, o conteúdo informativo deve ser útil. Deve abordar os temas pautados a partir dos interesses de quem vai consumir o conteúdo, e não apenas sob a ótica que o autor considera relevante. De forma geral, o mais importante é que os sócios de escritórios de advocacia tenham em mente que o conteúdo a ser produzido precisa sanar as dúvidas de quem vai ler, assistir ou ouvir o material.

Conteúdo informativo não é só publicar artigos ou popular uma rede social 

Uma vez identificadas as necessidades do público-alvo, é necessário avaliar os formatos e canais de distribuição para que o conteúdo informativo seja eficiente. Será que as pessoas que se deseja alcançar assistem vídeos no YouTube ou preferem ler análises e recomendações em veículos especializados? Ou, ainda, será que as pessoas que vão consumir seu conteúdo não têm tempo para ler textos longos, mas gostariam de escutar um breve áudio sobre um tema muito relevante?

Responder essas indagações ajudará o escritório de advocacia a decidir, por exemplo, se vale a pena investir em um canal no YouTube, em um blog no seu site ou nos perfis dos sócios no LinkedIn. Quiçá em um perfil de linguagem com fácil absorção no Instagram.

Essas respostas virão de um planejamento estruturado, focado no conhecimento e no comportamento do público-alvo do escritório de advocacia. Em uma estratégia de marketing jurídico que de fato gere resultado com conteúdo informativo, tudo o que for feito precisa ser analisado e mensurado. Pois o indicador mais importante de todo esse trabalho é o quanto ele de fato está trazendo oportunidades de negócios para o escritório.

Mariellen Romero

Mariellen Romero

Professora de Marketing Jurídico da ESA OAB RJ. Sócia da táLIGADO Comunicação Conectada, agência digital especializada em marketing para escritórios de advocacia.

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