dr. Pintassilgo

Itatiba

No ano de 1804, Itatiba era uma região desabitada coberta de florestas.

Segundo antigas crônicas, alguns fugitivos de Atibaia e Piracaia (antiga Santo Antonio da Cachoeira) adentraram nas matas do atual município descendo o rio Atibaia. De fato, o rio foi o grande responsável pelo povoamento da região.

Segundo artigo, publicado em 1875 no Almanaque Literário Paulista, de autoria do Major Eugênio Joly, alguns criminosos fugindo de Santo Antonio da Cachoeira (atual Piracaia) e de Atibaia desceram pelo rio Atibaia.
Uma escolta comandada pelo Capitão Lourenço Antonio Leme, foi no encalço dos criminosos, descobrindo-os. Descobertos pelas escoltas de Piracaia e Atibaia, os fugitivos se embrenharam ainda mais no sertão, criando uma pequena comunidade.

Os policiais voltando às suas cidades noticiaram a existência de solo rico e fértil banhado por magnífica bacia. A notícia espalhou-se, iniciando-se uma corrente migratória de famílias de lavradores que foram se assentando em Itatiba.

Dentre os pioneiros encontravam-se José Pereira, Joaquim de Moraes, Cabo de Ordenanças João de Assumpção, Salvador Lopes (fundador do bairro dos Lopes) e Antônio Rodrigues da Silva, vulgo “o Sargentão”, que havia trazido consigo uma imagem de Nossa Senhora do Belém e em louvor da qual erigiu, em 1814, uma pequena capela, no atual bairro do Cruzeiro.

Com o aumento da população, o templo tornou-se pequeno.

Assim, em 1827, os moradores decidiram construir uma outra capela e, em 1829, solicitaram que a localidade fosse elevada para a categoria de Freguesia. No entanto, o pedido não foi atendido, sendo necessário se fazer outro.

Por Decreto assinado por D. Pedro I, em 9 de dezembro de 1830, enfim, era criada a freguesia de Nossa Senhora do Belém de Jundiaí.

A introdução da lavoura canavieira, por volta de 1830, marcou o inicio de uma tímida participação no sistema aberto de economia de mercado. Com a cana houve a substituição quase absoluta de todas as lavouras de subsistência.

E, pela lei nº 2, art. 1º, de 20 de fevereiro de 1857, é criada a Vila de Belém de Jundiaí, instalada em 1º de novembro do mesmo ano.

Na década de 1870, eram cada vez maiores no país os clamores pelo fim da Monarquia e pela adoção da República. E a então Villa de Nossa Senhora de Bethlém de Jundiahy não ficava alheia a essa discussão.

Chegou até ser uma das precursoras do movimento republicano. Seus moradores tinham ideais liberais muito fortes, atacavam o escravismo de maneira arrebatadora, tanto que alguns vereadores foram suspensos da Câmara em razão da ferrenha defesa desses ideais.

Em 1873, a iluminação pública chegou às principais ruas de Itatiba. Após aprovação da Câmara Municipal, a Empresa de Iluminação Globe Gaz implantou um sistema a base de nafta.

Belém de Jundiaí é desvilada pela Lei nº 18, de 16 de março de 1876.

Mas, surgia a primeira pedra no caminho do novo município.

O Padre Francisco de Paula Lima e o Maestro Elias Álvares Lobo (figura importantíssima da música erudita nacional, autor da primeira ópera brasileira cantada em língua portuguesa: “A Noite de São João”, com letra de José de Alencar) que, na época, morava em na cidade, propuseram a mudança no nome do recém criado município.

Pelas informações que chegaram a São Paulo, os moradores queriam um nome indígena que traduzisse em português o termo “Pedra Branca”.

No entanto, o nome sugerido pelo vereador Antonio Augusto de Castro foi o de Itatiba, que não significa “Pedra Branca” e sim “Muita Pedra” (Ita = pedra + Tiba = grande quantidade). A discussão foi travada na Assembléia Provincial e alguns deputados chegaram a dizer que teria havido um erro de tradução: se a cidade desejava chamar-se Pedra Branca, o correto seria adotar-se o nome de Itatinga e não Itatiba.

Porém, o ofício da Câmara Municipal da cidade dizia Itatiba (devido talvez a algum lapso, como disseram os deputados) e com este novo nome a cidade foi oficializada pela Lei Nº 36 de 8 de maio de 1877.

E, assim ficou : Itatiba. Que significa “Muita Pedra” em Tupi : “ita”, pedra e “tiba” muita.

A primeira grande riqueza da cidade vieram em migalhas, eram os robustos grãos de café.

Itatiba tem uma história à parte em relação à abolição dos escravos por causa da grande concentração de abolicionistas na cidade. A chegada dos imigrantes a partir de 1880, para trabalhar principalmente nas plantações de café, facilitou a missão dos abolicionistas.

O dia 29 de abril de 1888, que muitos dizem ter sido o dia em que os escravos foram libertados em Itatiba, foi marcado por uma atitude audaciosa dos vereadores itatibenses. Em sessão da Câmara Municipal, foi declarada a independência de Itatiba em relação ao regime monárquico, ou seja, a cidade passava a não mais aceitar as ordens do Imperador D. Pedro II. Conseqüentemente, colocava fim à escravidão.

No final do século XIX, os poços perfurados nos quintais eram a principal fonte de água potável para os moradores. O esgoto era depositado em fossas, quando não escorria a céu aberto pelas ruas. Em junho de 1898, com as casas já preparadas, Itatiba ganhava a sua rede de distribuição de água encanada.

Na segunda metade do século XIX, Itatiba, que fazia parte da área pioneira do plantio fora do Vale do Paraíba, alcançava uma grande produção cafeeira. A partir da década de quarenta do século XIX, a cultura do café começa a ser introduzida vindo a se tornar a principal cultura da cidade. Em 1886, alcançava a marca de 373.333 arrobas, superada na região apenas por Campinas.

A prosperidade econômica demandava uma ferrovia. Com efeito, o crescimento era de tal ordem que os grandes fazendeiros passaram a sonhar com a estrada de ferro, solução mais viável para o transporte do café, na época realizado em lombos de burros. A Companhia Estrada de Ferro Itatibense foi inaugurada oficialmente em 10 de agosto de 1899 com vinte e um quilômetros de linhas. A estação ocupava um lugar central na cidade, na atual avenida Marechal Deodoro, antiga rua da Cascata. Era o primeiro indício de modernidade para Itatiba.

No início do século XX, a grande novidade era a luz elétrica e os itatibenses começaram a sonhar com ela. Em 1906 houve uma grande festa em comemoração a chegada da energia elétrica. Na fazenda Salto Grande, foi feita uma barragem para a construção de uma usina hidrelétrica no rio Atibaia, na divisa entre Itatiba e Campinas.

No mesmo ano, após fazer vários orçamentos, a Câmara deu inicio à obra da rede de esgoto, inaugurada em dezembro de 1906.

Era, digamos, uma cidade moderna.

Entretanto, “havia uma pedra no meio do caminho”. Sucessivas crises, dentre elas a de 1929, e a descoberta das terras vermelhas da mogiana e da alta mogiana, a produção foi decaindo e Itatiba teve de rever seu caminho, adotando um perfil mais industrial.

Em Itatiba, a primeira indústria foi uma fábrica de cerveja e refrescos gasosos (refrigerantes) de Jacques Perousel. Depois, veio a indústria de fósforo fundada em 1893 por Salvador Oddone e Luiz Scavone. Esta empresa controlava, além da fábrica de fósforos Santa Rosa, um curtume com seções de beneficiamento de arroz e torrefação de café.

A empresa possuía ainda uma importadora que trazia alimentos e ferramentas da Europa. Em 1914 foi inaugurada a Companhia Indústria Têxtil Itatibense. Outra indústria que se destacou na história de Itatiba foi a têxtil Paulo Abreu S.A, fundada por volta de 1936 pelo Senador Paulo Abreu. A Têxtil Duomo foi fundada em 1950. As indústrias têxteis inauguraram uma nova era em Itatiba.

A partir dos anos 60, a cidade conheceu um novo surto de desenvolvimento: data dessa época a instalação das primeiras indústrias ligadas ao ramo moveleiro, que tinham como característica principal a produção de móveis em estilo colonial. Por essa especialidade, Itatiba passou a ser conhecida como “a Capital Brasileira do Móvel Colonial”.

Atualmente, a indústria se diversificou e, com a instalação de um moderno Distrito Industrial, a cidade segue esse caminho não se esquecendo, no entanto, da agricultura que ainda hoje é bastante importante, transformando Itatiba no primeiro produtor nacional de vagem - “Vagem Itatiba”.

Itatiba é conhecida como a “Suíça Paulista”, devido ao excelente clima.

Localizada na Serra da Jurema, Itatiba é carinhosamente chamada por seus moradores de “Princesa da Colina”, título que conquistou por seu relevo acidentado. Com potencial turístico muito grande, a cidade tem recebido a cada ano novos admiradores.

Motivos não faltam: Itatiba possui o 3º melhor ar do mundo em quantidade de oxigênio dissolvido.

  • Educação

Em 1844, foi criada na cidade uma "Cadeira de Primeiras Letras para o Sexo Masculino". O primeiro estabelecimento de ensino, efetivamente chamado de escola, é de 1852. A mais antiga e conhecida instituição de ensino público da cidade é o Grupo Escolar Julio César. Inaugurado no dia 13 de maio de 1896 o atual prédio da lendária escola teve sua pedra fundamental lançada em dezembro de 1906. Dois anos depois, em 1908, o prédio era inaugurado com marcantes características arquitetônicas.

  • Personagens e locais históricos

Antonio de Lacerda Franco

Político e agricultor, nasceu em Itatiba, em 13/6/1852 e faleceu em São Paulo em 19/5/1936. Era um dos doze filhos de Bento de Lacerda Guimarães e D. Manoela Assis de Cássia Franco de Camargo, respectivamente Barão e Baronesa de Araras, e herdou o gosto pelas terras e o espírito político da família. Antonio Seu pai e seu tio José de Lacerda foram os doadores das terras para a construção da capela de Nossa Senhora do Patrocínio, ponto de partida para o surgimento de um vilarejo que daria início, em 24 de março de 1871, à cidade de Araras. Foi eleito Presidente da Câmara de Araras em 1880, época em que o cargo acumulava também a responsabilidade pela administração do município. Entregou-se, entretanto, muito jovem, à propaganda republicana e à campanha abolicionista. Inconformado com a situação dos escravos, Antonio pediu que os empregados da fazenda fossem libertados. O Barão de Araras, então Conselheiro de Estado, aproveitou a visita de D. Pedro à cidade, no Natal de 1887, e aboliu a escravidão em suas terras. Era a primeira manifestação de liberdade aos negros, antes da assinatura da lei Áurea. Tendo passado a mocidade em Araras, onde residiam os pais, transferiu, mais tarde, sua residência para Itatiba e aí organizou o diretório do Partido Republicano e, em pleno regime monárquico, elegeu-se vereador á Câmara Municipal. Mudando-se para Santos, em companhia de Antônio Carlos da Silva Teles veio a fundar o Partido Republicano local. Proclamada a República, passou a morar na capital, sendo, desde logo eleito membro da Comissão Permanente do Partido e, depois, da Comissão Diretora. Em carta aberta ao presidente Campos Sales, estudou a criação das sociedades cooperativas no Brasil e, sobre o assunto, redigiu um projeto de lei, cuja exposição de motivos foi considerada modelar. Eleito senador federal, teve seu mandato truncado pela Revolução de 1930. Homem de múltiplas atividades dirigiu o Correio Paulistano, foi diretor proprietário do Comércio de S. Paulo e agricultor em Araras. Fundou, em Santos, a casa comissária e exportadora J. F. Lacerda & Cia.; Fundou e presidiu o Banco União de S. Paulo e a Companhia Telefônica de S. Paulo; criou a Fábrica de Tecidos Votorantim e a Fábrica Japi S.A.; diretor da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, em 27/10/1899 e seu presidente em 1928. Tomou parte da fundação da Escola de Comércio Álvares Penteado e do Conservatório Dramático e Musical de S. Paulo.

Anna Paulina de Lacerda Álvares Penteado (Condessa Álvares Penteado)

Nasceu em Itatiba, em 22/6/1862, e faleceu e São Paulo em 21/10/1938. De espírito humanitário e profundos sentimentos religiosos assistiu a várias instituições de caridade, entre as quais a Santa Casa de Misericórdia, onde há um pavilhão com seu nome, a Liga das Senhoras Católicas, o Leprosário de Santo Ângelo, a Liga Paulista Contra a Tuberculose, o Hospital São Paulo, a Cidade dos Menores Abandonados, a Cruzada Pró-Infância, o Orfanato Cristóvão Colombo e a Comissão de Socorros Públicos.

Anna Paulina casou-se com Antonio Alvares Leite Penteado e tiveram os seguintes filhos:

  • Eglantina Penteado - nasceu em 12 outubro 1883 e faleceu em 22 abril 1931.
  • Antonieta Alvares Penteado - nasceu em 1 junho 1880
  • Stella Penteado - nasceu em 7 dezembro 1886.

Uma das filhas de Anna, Antonieta Alvares Penteado, casou-se com o ilustre Caio da Silva Prado e tiveram os seguintes filhos:

  • Eduardo da Silva Prado - nasceu em 8 maio 1902 e faleceu em 25 novembro 1940.
  • Ana Iolanda da Silva Prado - nasceu em 12 junho 1903.
  • Caio da Silva Prado Júnior - nasceu em 11 fevereiro 1907.
  • Carlos da Silva Prado - nasceu em 4 junho 1908.

Caio Prado Júnior, neto de Anna, se destacou no cenário político e jurídico nacional. Foi criado por governantas alemãs sob rígida disciplina, que foi reforçada no colégio jesuíta São Luis. Quando ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, em 1924, o pai lhe deu de presente a preciosa biblioteca de um jurista que acabara de morrer. Depois de uma viagem que fez sozinho ao Oriente Médio, aos 18 anos, sentiu necessidade de conhecer o próprio País. Diante da miséria que lhe saltou aos olhos, rompeu com a oligarquia. "Eu era um burguês rico e até então ignorava a nossa realidade", disse, então. Em 1926, estreou na política filiando-se ao mesmo partido de seus professores universitários, o Partido Democrático (PD), recém-fundado por seu tio-avô, o conselheiro Antonio da Silva Prado.

Quando se formou em Direito, Prado Júnior até tentou investir na carreira de advogado, trabalhando com o jurista Abraão Ribeiro, mas já estava decidido: a prioridade seria lutar para amenizar a precariedade da vida de milhões de brasileiros. A esta altura, estava decepcionado com a atuação do PD, na verdade, uma dissidência do não menos oligárquico Partido Republicano Paulista (PRP). Mesmo desanimado, se manteve firme na Revolução de 1930, que acabou conduzindo Getúlio Vargas ao poder.

Entretanto, em 1931, ingressou no Partido Comunista Brasileiro e procurou em vão nas livrarias paulistanas a bíblia da esquerda, O capital, de Karl Marx. A solução foi importar a obra da Europa e o resultado de sua leitura foi publicado no livro Evolução política do Brasil, em 1933. O engajamento logo foi reconhecido pelos camaradas, que o escolheram como vice-presidente da Aliança Nacional Libertadora (ANL). As arbitrariedades do Estado Novo, que perseguia esquerdistas, o levaram para a cadeia em 1935. Ficou encarcerado dois anos em São Paulo, até ganhar liberdade e exilar-se na França, regressando ao Brasil somente em 1939. Apesar de comunista, em 1945 Prado Júnior se transformou em um dos principais mentores da criação da União Democrática Nacional (UDN). No breve período em que o PCB saiu da ilegalidade (de 1945 a 1947), integrou a bancada do partido na Assembléia Legislativa de São Paulo.

O mandato foi cassado com o cancelamento do registro do PCB. Paralelamente à militância política, cuidava dos negócios. Em 1944, havia fundado a Editora Brasiliense com o escritor Monteiro Lobato. Nos anos 50, Prado Júnior criou a revista Brasiliense, que debatia as causas do atraso econômico do Brasil. A revista fechou em 1964, ano do golpe militar, e ele passou uma semana detido no Dops. Em 1968, Sérgio Buarque de Holanda aposentou-se e chamou Prado Júnior para assumir a cátedra de História do Brasil na USP em seu lugar. Mas no mesmo ano foi cassado e aposentado por decreto. Em 1970, exilou-se de novo, dessa vez no Chile, retornando no mesmo ano para ser julgado pelo Tribunal Militar. Foi condenado e preso na Casa de Detenção de Tiradentes, em São Paulo e, em 1971, absolvido por falta de provas pelo Supremo Tribunal Federal.
Casou três vezes e teve dois filhos e sete netos. Morreu de insuficiência pulmonar a 23 de novembro de 1990, prestes a completar 84 anos.

Basílica Menor Nossa Senhora do Belém

Terceira Igreja construída na cidade entre 1833 e 1853. A construção de sua torre foi iniciada em 1874 e concluída em 1880 pelo Padre Francisco de Paula Lima - o "Padre Lima" - patrono de nosso Museu Municipal.

O relógio da torre foi doado em 1878 pelo Senhor José Manuel de Castro. O relógio é de procedência francesa, funcionando por um sistema mecânico de manivelas e pesos de ferro. O carrilhão do relógio, instalado no campanário superior da torre, sob a cúpula, possui três sinos de Bronze. No campanário inferior encontramos um grupo quatro sinos. O maior, de três toneladas, foi doado em 1880 por Tomé D'ávila Neto.

Passou o Edifício por três transformações. A primeira em 1925, a segunda em 1937 e finalmente a terceira em 1964, sob o paroquiato do Monsenhor Anatólio Brasil Pompeu, que lhe conferiu a atual estrutura arquitetônica das Basílicas Cristãs. Nestas três reformas, a magnífica torre original não foi alterada. Em 1991 o Vaticano oficializou o título de "Basílica. Alguns dos vitrais que ornamentam a Basílica foram feitos pelo artista plástico Arystarch Kaszkurewicz, polonês, que chegou ao Brasil fugido da Segunda Guerra Mundial no ano de 1952. Arystarch era formado em Direito e tinha um curso de Belas Artes.

Durante a guerra, ele teve as duas mãos mutiladas e perdeu a vista esquerda. Ele usava os tocos dos dois pulsos para segurar o lápis, pincel ou caneta e trabalhava tão eficientemente e rápido quanto pessoas que tenham as mãos e a visão normais.

Já no Brasil, começou a trabalhar numa casa especializada em vitrais na cidade de São Paulo. Além dos vitrais, o artista se dedicou à execução de mosaicos, técnica em que se utiliza fragmentos de diversos materiais na composição dos trabalhos.

Atualmente, Arystarch é reconhecido como um dos mais importantes artistas sacros do país, suas obras estão espalhadas por todo o Brasil em catedrais, basílicas e igrejas. Parte de suas obras podem ser conhecidas através do livro "Arystarch, O Arquiteto dos Deuses", da jornalista Raquel Bueno e do fotógrafo Gustavo Olmos.

O artista faleceu em São Bernardo dos Campos, no ano de 1989, aos 77 anos.

Praça da Bandeira

Vinculada à Igreja Matriz, sua construção se deu no século passado, projetada por Antonio Ferraz Costa.

Durante muitos anos serviu como ponto de encontro dos casais da cidade, atraindo jovens de toda a região. Atualmente, nesse mesmo espaço, são realizadas promoções da cidade, dentre elas, os desfiles de escolas tradicionais da cidade no carnaval. E também não tem nada melhor do que se sentar a praça e desfrutar de sua tranqüilidade.



Paço Municipal Prefeito Roberto Arantes Lanhoso

Construído em 1927, na gestão do Prefeito Benedito Franco de Godoy, o prédio foi erigido para ser sede da Câmara Municipal de Itatiba, baseado na lei número 55, que com o tempo também foi ocupado pela prefeitura, sendo então necessária a mudança da Câmara para outro prédio.

Atualmente no prédio é possível encontrar em suas instalações o Gabinete do Prefeito e a Biblioteca Municipal Francisco da Silveira Leme - Chico Leme.



Praça João Bonifácio (Jardim da Cadeia)

A Praça João Bonifácio é mais conhecida pelos moradores por “Jardim da Cadeia”, pois no século passado abrigava o Fórum e a Cadeia Pública, onde atualmente acomoda a Biblioteca e o Paço Municipal da cidade. O prédio da Câmara e Cadeia funcionou durante muito tempo como Delegacia de Polícia, Câmara e Fórum. Depois de quase 100 anos, acabou sendo demolido.




Asilo São Vicente de Paulo

A conferência de São Vicente de Paulo, destinada à abrigar idosos desvalidos, foi criada em 1883 pelo Padre Fr. de Paula Lima. O prédio do Asilo já se localizou na rua Campos Sales e em 1910 foi transferido para a av. Barão de Itapema, onde hoje é o fórum de Itatiba. Atualmente, o Asilo São Vicente de Paula se localiza na Av. da Saudade, em prédio próprio, onde acolhem os idosos com carinho e dedicação, fazendo um trabalho maravilhoso e recompensador.




Santa Casa de Misericórdia de Itatiba

Fundada em 1899, por iniciativa do honrado Capitão Dr. Alfredo Perroud, fora instalada primeiramente no Largo da Matriz na casa de D. Francisca L. de Godoy e após algum tempo, fora transferida para Rua Campos Salles, para casa dos herdeiros de Affonso Joly e, finalmente, para a Praça José Bonifácio ( onde hoje está instalada a Corporação Santa Cecília). O prédio definitivo da Santa Casa de Misericórdia, onde hoje está instalada, foi inaugurada em 1922, tendo à frente das obras o Dr. Luiz de Mattos Pimenta, médico fluminense, que muito fez pela nossa cidade. No ano de 1999, passou por uma restauração de sua fachada, tornando-se mais um dos cartões postais da cidade.




Mercado Municipal – Maria Elias de Godoy Camargo

Inaugurado em 1° de novembro de 1984, o “Mercadão”, como é mais conhecido pela população local, serve a cidade com mais de 40 boxes. Dentre os seguimentos do mercado encontramos: peixaria, açougue, casa de frios, agropecuária, mini mercado, perfumaria e etc.








Paço Paroquial Monsenhor Anatólio Brasil Pompeu


Este prédio histórico da cidade foi edificado no ano de 1850 e sua restauração foi dada pela Paróquia de Nossa Senhora do Belém em 1996, durante o pontificado de SS. O Papa João P. II, sendo Bispo Diocesano S. Exª Reunª D. Bruno Gamberini.





Solar dos Alves Lanhoso

O Casarão Colonial foi construído em 1859. Pertenceu ao Sr. Bento de Lacerda Guimarães, Barão de Araras, e depois às tradicionais famílias itatibenses: “Alves Cardoso” e “Lanhoso”. É um prédio tombado pelo CONDEPHAAT/SP.

Atualmente funciona no local, uma choperia/pizzaria, preservando as características originais da época. Essa edificação faz parte do patrimônio histórico da cidade.



Palacete Damásio

Este prédio, que hoje é ocupado pela Prefeitura, funciona como Centro Administrativo, englobando várias Secretarias e Departamentos Municipais. Já foi no passado a residência do Sr. Manoel Franco Damásio e família, importante cafeicultor e benemérito da cidade.






Hino Oficial de Itatiba


Música de Ulisses Bohac Vedovello

Letra de Adriano de Palma

No coração destas colinas

Povos de coragem e valor

Trouxeram sonhos e costumes

Semearam trabalho e amor

A liberdade logo raiou

Antes de a Lei Áurea ser firmada

E os escravos libertou

Irmanando com júbilo as raças

Itatiba, terra amada!

Da pedra vem o seu nome

Pedra bruta, lapidada

Por mãos nobres e valentes

È Princesa das Colinas

Terra de nossa gente!

Da madeira arte brotou

E dos móveis fez-se capital!

Mão hábil a história entalhou

Construindo um nobre ideal

Tem seu comércio, suas indústrias,

Suas frutas, doce paladar

Ao som da Banda vamos todos

Orgulhosos na Praça celebrar

 

________________

_______

 

Fontes : "Enciclopédia dos Munícipios Brasileiros" (IBGE, Vol. XXVIII),  "Itatiba na História de 1804 a 1959", de Lucimara Rasmussen Gabuardi  (Pontes Editora), site da Prefeitura Municipal de (https://www.itatiba.sp.gov.br/), site Diocese de Bragança Paulista (https://www.diocesedebraganca.org.br/site/).

_______

________________

Crônica | Histórico da comarca | Histórico da cidade | Ocelo clínico | Dados atuais | A cidade na década de 50