dr. Pintassilgo

Pacaembu

Fundadores: Francisco Senise, Dr. Osvaldo Flávio Teixeira, José ª F. Pereira, Irmãos: Cavicchioli, Manuel Teixeira Júnior, Orlando de Souza, Etelvino Pereira, Perez & Cia. E outros.

Data da Fundação: Ano de 1928.

A vasta região marginal do rio Paraná era até o ano de 1925 uma grande floresta, habitada apenas por alguns silvícolas e pouco conhecida da civilização. A hostilidade da região não conseguiu arrefecer o ânimo dos que para lá se dirigiam à procura de novas terras para suas lavouras. Entre os rios do Peixe e Aguapeí, no rumo dos trilhos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, plantaram-se lavouras e foram atraídos mais habitantes para essas lavouras, povoando-se a região. Em seguida, surgiram agrupamentos humanos com os povoados de Sumatra, Iracema, Vila Peres, Guaraniúva, Esplanada, Marajoara e Jardim Marajá, todos próximos entre si. Sumatra, o mais antigo patrimônio, teve como fundador os irmãos Senise; em Iracema, a honra de iniciador cabe aos irmãos Cavichioli; Doutor Oswaldo Flávio Teixeira fundou Guaranaiúva. Guaranaiúva apresentava maior número de habitantes, havendo progredido mais que os outros, motivo pelo qual foi elevado à categoria de distrito de paz pertencente ao município de Lucélia, o que se deu pelo Decreto-lei número 14 334, de 30 de novembro de 1944, constituído com terras desmembradas dos distritos de Lavínia e Alfredo Marcondes.

Com a elevação de Guaraniúva a distrito de paz, surgiu competição de progresso e desenvolvimento entre a sede e o povoado de Esplanada, cujo proprietário, afirma Teixeira Souza & Pereira, fizeram-na lotear e venderam-na em quadras para facilitar seu povoamento e aos poucos foi se desenvolvendo de tal maneira que ultrapassou o progresso da sede do distrito a que pertencia. Em 1948, levando em consideração estarem ambas, Guaraniúva e Esplanada, muito próximas e ligadas entre si, resolveu elevá-las a município, ocorrência que se deu em 24 de dezembro de 1948, pela Lei n° 233, que também mudou seu nome para Pacaembu. Foi o município então constituído dos distritos de Pacaembu, ex-Guaraniúva, Flora Rica e Irapuru, e pertencia à comarca de Lucélia. Pela Lei n° 2 456, de 30 de dezembro de 1953, foram desmembrados os distritos de Flora Rica e Irapuru, que foram elevados a município e foi ao mesmo tempo criado o distrito de Águas Claras do Sul, com terras desmembradas do distrito de Pacaembu. Foi elevado à comarca com os municípios de Pacaembu, sede, Flora Rica e Junqueirópolis, pela Lei n° 1940, de 3 de dezembro de 1952.

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  • Origem do nome

O nome foi escolhido pela Comissão de Estatística da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, possivelmente pela evidência do celebrado bairro da Capital, onde se localiza o majestoso Estádio Municipal.

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  • Locais históricos

Estação de Pacaembu



















A estação de Pacaembu foi aberta em 1959. Está fechada há vários anos, e serviu apenas como eventual plataforma de embarque e desembarque dos raríssimos passageiros dos trens da Ferroban que passaram até março de 2001. Está hoje completamente abandonada e depredada. Em seus desvios existem vários vagões de carga também abandonados.


Histórico da Linha: O chamado tronco oeste da Paulista, um enorme ramal que parte de Itirapina até o rio Paraná, foi constituído em 1941 a partir da retificação das linhas de três ramais já existentes: os ramais de Jaú (originalmente construído pela Cia. Rio-clarense e depois por pouco tempo de propriedade da Rio Claro Railway, comprada pela Paulista em 1892), de Agudos e de Bauru. A partir desse ano, a linha, que chegava somente até Tupã, foi prolongada progressivamente até Panorama, na beira do rio Paraná, onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica pela larga também foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da linha, que alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976, já com a linha sob administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e Garça que passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado, suprimindo-se uma série de estações e deixando-se a eletrificação até Bauru somente. Trens de passageiros, a partir de novembro de 1998 operados pela Ferroban, seguiram trafegando pela linha precariamente até 15 de março de 2001, quando foram suprimidos.

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