dr. Pintassilgo

Caconde

Denominações anteriores: Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Cabeceiras do Rio Pardo, Cacunda, Caconda, Arraial de Nossa Senhora do Bom Sucesso.

Fundadores: Jerônimo Dias Ribeiro, Antônio Bueno da Silveira, Padre Francisco Bueno de Azevedo, José Aguiar Maciel.

Data da fundação: Ano de 1775.

A história de Caconde divide-se em duas fases distintas: uma que vai de 1765 até o inicio de 1800 e outra que vai desta data até os nossos dias.

É difícil saber quem foi o fundador de Caconde. Contudo, documentos comprovam que nestas paragens estiveram, no ano de 1765, pessoas a procura de ouro, entre as quais o Capitão Pedro Franco Quaresma, provavelmente o descobridor das catas auríferas e, conseqüentemente, o fundador do arraial. Com a notícia de descoberta do ouro, que se supunha ser muito, o povoado aumentou e desenvolveu-se às margens do ribeirão Bom Sucesso. Com o aumento da população, o povoado foi elevado à categoria de freguesia, tendo como vigário, o padre Francisco Bueno de Azevedo, descendente de Amador Bueno.

Oficialmente, o nome da cidade era Nossa Senhora da Conceição das Cabeceiras do Rio Pardo, vulgarmente era conhecida, desde os primeiros documentos (1765) como Caconde. Alguns afirmam que a denominação “Caconda” que deu “Caconde”, é anterior ao descobrimento do ouro, e que tal denominação foi dada pelos negros fugidos, os quilombolas.

Como o ouro começou a se tornar escasso a população transferiu-se de São Mateus para Bom Sucesso (primeira sede da freguesia) e daqui para Bom Jesus, onde novas jazidas de ouro surgiram. Mas todas elas se extinguiram e, em 1804, o sertão do Rio Pardo ficou deserto como antes.

Terminado o ciclo de ouro, o homem vai se fixando à terra e inicia-se o ciclo agropastoril. Os mineiros para aí se dirigem e se apossam de grande parte das terras onde existia a antiga freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Cabeceiras do Rio Pardo ou Caconde. Isto sucedeu por volta de 1810. Há requerimentos de sesmarias nessa época e também, desentendimentos entre os ocupantes, mas o repovoamento determina o reerguimento da velha freguesia, que se concretiza com a doação do respectivo patrimônio, por Miguel da Silva Teixeira e sua mulher Maria Antônia dos Santos, feita a 28 de dezembro de 1822. A 24 de dezembro, celebra-se a primeira missa.

A freguesia foi elevada a Vila pela Lei n° 6, de 5 de abril de 1864. Foi elevada a cidade pela lei n° 10, de 9 de março de 1883. Em 1865 predominava a cultura de café. Como Município foi instalado em 21 de janeiro de 1865.

Foram incorporados os seguintes distritos: Sapecado (ex-Espírito Santo do Rio do Peixe, pela Lei n° 25, de 28 de março de 1865); Mococa, pela Lei 55, de 15 de abril de 1868; São José do Rio Pardo, pela Lei n° 40, de 8 de maio de 1877; Grama, pela Lei n° 452, de 12 de novembro de 1896; Tapiratiba, pela Lei n° 1028, de 6 de dezembro de 1906; Barrânia (ex-Santo Antônio da Barra), pela Lei n° 2964, de 3 de novembro de 1936.

Foram desmembrados: Mococa, pela Lei n° 558, de 20 de agosto de 1898; Sapecado (ex-Espírito Santo do Rio do peixe), pela Lei n° 558, de 20 de agosto de 1898; Tapiratiba, pela Lei n° 2329, de 27 de dezembro de 1928.

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  • Origem do nome

Caconda, povoação africana situada em uma região montanhosa e rica em ouro e pedras preciosas.

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  • Personagens

Dr. Paschoal Ranieri Mazzilli

O advogado e jornalista Paschoal Ranieri Mazzilli nasceu na cidade de Caconde (SP), em 27/04/1910, e faleceu em São Paulo (SP), em 21/04/1975. Duas vezes Chefe de Estado, Ranieri Mazzilli, como Presidente da Câmara dos Deputados, assumiu interinamente a Presidência da República em virtude da renúncia do titular e ausência do Vice-Presidente, em viagem à República Popular da China, até que se resolvesse a crise política gerada pela renúncia do Presidente Jânio Quadros. Posteriormente, como Presidente da Câmara dos Deputados, assumiu a Presidência da República, por convocação do Congresso Nacional, que anunciou a vacância do cargo, após a vitória do Movimento Revolucionário de 31/03/1964. No dia 15 de abril de 1964 entregou o cargo ao primeiro Governo da Revolução: Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco.





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  • Locais históricos

Igreja Matriz

Construída em estilo romântico puro no ano de 1955. Possui três telas a óleo em estilo clássico do pintor cacondense Edmundo Migliaccio: Nossa Senhora da Glória, Imaculada Conceição e Jesus Crucificado datadas em 1961.









Praça do Redentor

Localizada num dos pontos mais alto da cidade, tem a estátuado Cristo Redentor cercada por uma graciosa praça, ajardinada, com ambientes diversificados, bem iluminada e com um bom estacionamento.

Pela sua posição, tornou-se um mirante ideal para fotos panorâmicas, pois oferece uma bela visão tanto da cidade bem próxima, como, bem ao fundo, dos últimos contornos da Serra da Mantiqueira, onde se vêem as Escarpas do Rosseto, a Capelinha do Pontal na "Serra do Quilombo", o Morro do Mirante e muito mais.


A praça tanto pode ser alcançada por carro como a pé, pois esta ligada à parte baixa da cidade por uma grande e bem planejada escadaria que permite além de um bom exercício físico, a oportunidade de descortinar aos poucos a paisagem a sua frente.








Praça do Mirante Pedro Ribeiro

Situada a 14km da cidade, a uma altitude de 1.195m, com 360º de visão de horizonte, é um camarote de luxo para se apreciar o espetáculo da natureza.

A Praça do Mirante foi construída com a preocupação de manter e divulgar a já existente alma mística e esotérica do local que se avizinha da igrejinha do grande rezador Sr. Pedro Ribeiro a quem são atribuídas fortes rezas com efeitos milagrosos. Além da intenção descrita pretende-se oferecer ao cidadão do 3º milênio, da Era de Aquário, um templo ecumênico, um espaço que com a sua simbologia dá boas vindas a todas as correntes de pensamento.

Com o formato de um trevo de 04 folhas, a praça recebe seus visitantes, mostrando a sorte que tiveram pela oportunidade dessa visita. Visita que permite o contato com uma intricada conjugação de símbolos que vão desde as pirâmides à estrela de seis pontas (da androginia perfeita ao sexo dos deuses ), da cruz de Malta à flor de Lotus (chakra da coroa), dos trigramas do Ba-Guá ao útero da consciência cósmica e do portal do resgate dos espíritos evoluídos à seqüência numérica chave da passagem entre as diferentes dimensões.




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  • Curiosidades

Hino

Caconde, cidade morena
De vida serena
Que alegra e apraz
Cativa a quem te visita
A paisagem bonita
Ó estância da paz
Avistas a Faisqueira
Que é a fronteira
De Minas Gerais
Teu Clima saudável
Teu povo amável
Não se esquece jamais
És a terra dos passarinhos
Dos canários amarelinhos
Do café que tem sabor
Dos carros cantadores
Dos vasos de belas flores
Aos pés do Cristo Redentor
Graminha que é hoje barragem
Dá nova roupagem
À vista sem par
Os vales tão verdes de outrora
Imersos agora
Parecem um mar
Palmeiras altas, formosas
Ao lado das rosas
quais jóias em flor
Na fonte sonora
Que a noite decora
De luz e de cor.

Letra – Paulo Cerqueira Luz
Música – Maria Ruth Luz

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