dr. Pintassilgo

Pirassununga

Denominações anteriores: Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Piraçununga.

Fundadores: Inácio Pereira Bueno e Manuel Leme.

Data da fundação: 6 de agosto de 1823.



Os restos arqueológicos encontrados dentro do atual município de Pirassununga, sobretudo no local da Cachoeira, no vale do Rio Mogi-Guaçu, 9 quilômetros distante da atual cidade, vieram provar que os índios, provenientes de tribos tupis-guaranis, habitaram toda região de Pirassununga, sobretudo o local que hoje se denomina Cachoeira de Emas. Este próprio local, sem ser uma verdadeira cachoeira é, antes de tudo, uma grande corredeira, onde aflora a rocha basáltica, corredeira esta denominada na língua tupi “topava”. Esta corredeira e o local de chamavam, antigamente, no tempo dos índios “Pirassununga”, nome este que significava: “lugar onde o peixe faz barulho”. E é verdade, pois, ainda nos últimos anos, quando havia uma estatística da pesca, só o local da Cachoeira – a antiga e primitiva Pirassununga fornecia 150 000 quilos de peixe por ano. Com esta base alimentar e com mais outras, oriundas da caça, da floresta e do campo, centenas e, talvez, milhares de índios puderam viver por estas terras.

Quando os antigos colonizadores vieram para estas terras, certamente passaram pelo Rio Mogi-Guaçu, na antiga Pirassununga, hoje Cachoeira de Emas. E, quando resolveram se estabelecer por aqui, o fizeram a 9 Km distante da Cachoeira, às margens de um ribeirão que hoje se chama “do ouro”. E o nome Pirassununga foi tão significativo para o Colonizador, que, provavelmente, pôde comprovar a abundância do peixe no Mogi-Guaçu, que o novo povoado recebeu o mesmo nome de Pirassununga. Houve, assim, uma adoção e transferência do nome para esta, hoje, cidade de Pirassununga.

Historicamente se comemora a fundação de Pirassununga aos 6 de agosto, dia do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, padroeiro da nossa Paróquia e o ano oficial da fundação se remonta a 1823. Entretanto, há referências verbais, por tradição que nos informam que foi em 1809 a primeira fundação desta cidade e somente em 1823 é que a antiga e já demolida Capela do Senhor Bom Jesus dos Aflitos foi construída, quando Pirassununga já contava com algumas centenas de pessoas e várias dezenas de casas. Dois nomes, o de Ignácio Pereira Bueno e Manuel Leme, são apontados como os fundadores da Capela em 1823. Para este feito aponta-se, também, o nome de José Leme da Silva, sua família e mais o povo daquela época.

1838 – Oficialmente criada a Capela do Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Pirassununga.

1842 – Elevação à Freguesia de Pirassununga e em seis de agosto deste ano é que lavrada a escritura da doação do terreno para constituição do patrimônio da ex-capela do Senhor Bom Jesus dos Aflitos. Foi doador principal Ignácio Pereira Bueno e o valor das terras, com cerca de 4 Km quadrados, avaliado em 160$000 (mil réis).

1865 – A Freguesia de Pirassununga foi elevado à vila.

1879 – Pirassununga foi elevado à Categoria de Cidade. Construção do primeiro teatro, denominado “São Francisco”.

1890 – Em 30 de junho foi constituída a comarca de Pirassununga e a 6 de agosto do mesmo ano houve a sua instalação.

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  • Origem do nome

PIRA = peixe.

ÇUNUNGA = ronca.

PIRAÇUNUNGA = peixe roncador.

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  • Personagens

Dr. Gabriel Ribeiro dos Santos

Dr. Gabriel Ribeiro dos Santos, filho do Dr. Antônio Ribeiro dos Santos e de D. Gabriela dos Santos, nasceu em Pirassununga-SP, no dia 3 de agosto de 1873.

Ribeiro dos Santos casou-se com D. Gabriela Procópio Ribeiro dos Santos. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde colou grau na turma de 1895. Em Paris, freqüentou o Curso na Sorbone. Exerceu a advocacia e foi fazendeiro. Ocupou a presidência da Sociedade de Cultura Artística de São Paulo. Foi membro do Conselho Consultivo da Sociedade Paulista de Agricultura, presidente da Sociedade Rural Brasileira, presidente da Liga Agrícola e membro do Instituto dos Advogados.

Foi proprietário de 500 ações da Companhia Ferroviária São Paulo-Goiás. A estação do quilômetro 89779, compreendido no trecho férreo entre Olímpia e Nova Granada, neste Estado, oficialmente inaugurado em 28 de junho de 1931, já tinha a denominação de Ribeiro dos Santos.

Faleceu em São Paulo, capitão, em 18 de abril de 1938. Do nome desse ilustre paulista originou-se o nome do distrito: Ribeiro dos Santos.

Cacilda Becker Yáconis

Atriz de teatro paulista , considerada uma das personalidades mais importantes da classe teatral brasileira e líder da categoria na primeira fase do Regime Militar de 1964. Cacilda Becker Yáconis nasceu em Pirassununga, em 1921 e inicia em 1940, no Teatro do Estudante do Brasil, uma carreira que dura 29 anos.

Em 1948, ingressa no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Em pouco tempo se torna a primeira atriz da companhia. Entre os principais trabalhos dessa fase estão "Seis Personagens à Procura de um Autor", de Luigi Pirandello, e "Antígona", de Sófocles. No cinema trabalha em "A Luz dos Meus Olhos" (1947) e "Floradas na Serra" (1954). Em 1958 funda sua própria companhia, ao lado dos atores Walmor Chagas, seu marido, e Ziembinski. Encena peças como "Longa Jornada Noite Adentro", de Eugene O'Neill, e "A Visita da Velha Senhora", de Durrenmatt.

Os efeitos da ditadura militar sobre a atividade teatral fazem surgir uma Cacilda Becker militante das causas de sua classe. Demitida da TV Bandeirantes, sob a alegação de que suas interpretações são subversivas, a atriz assume a presidência da Comissão Estadual de Teatro de São Paulo, lugar que enfrenta a repressão em defesa dos direitos dos artistas e produtores. Quando, em 1968, o espetáculo "Primeira Feira Paulista de Opinião" sofre 71 cortes de censura no dia do lançamento, a atriz surge no proscênio e se responsabiliza pela apresentação do texto na íntegra, em um ato de rebeldia e desobediência civil. Sua convicção faz com que os censores e agentes federais presentes no teatro acatem sua decisão e assistam ao espetáculo.

Em 6 de maio de 1969, durante a apresentação de "Esperando Godot", de Samuel Beckett sofre um derrame cerebral em conseqüência do rompimento de um aneurisma. Morre depois de 38 dias em coma.



Antônio Luiz Pires Valente

O Professor Antônio Luiz Pires Valente nasceu em Pirassununga (SP) em 1944, tendo se radicado em Campinas, com os seus pais, no final da década de 50. Em Campinas cursou o Colégio Técnico Eduardo Prado, tendo se habilitado como técnico-químico em 1967.

Ele ingressou no curso de Bacharelado em Química do recém-criado Instituto de Química da Unicamp em 1970, em uma das suas primeiras turmas. Antes de seu ingresso na graduação ele já havia começado sua carreira docente, lecionando Química por muitos anos na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (cujo curso colegial era então um dos melhores e mais exigentes do país) e em diversos cursos pré-vestibulares da região. Durante oito anos ele conciliou as suas atividades quase em tempo integral como professor no ensino médio e o curso de graduação em Química, tendo se bacharelado em 1977.

Ele era professor do Departamento de Química Analítica do Instituto de Química da Unicamp, desde 1979. Sua carreira científica havia se iniciado em 1978, trabalhando sob a orientação da Profª Carol Hollingworth Collins, inicialmente em Radioquímica e Eletroforese - tema de sua dissertação de Mestrado, defendida em 1980 - e depois, no Doutorado, com Cromatografia Gasosa. Ainda durante o Doutorado, ele estagiou no grupo do Prof. Harold McNair no Virginia Polytechnic Institute, em Blacksburg. Ele obteve o título de Doutor em Ciências em agosto de 1984 e, pouco depois, passou dezoito meses na Universidade de Massachusetts em Amherst, fazendo seu pós-doutorado com o Prof. Peter C. Uden.

Durante seus 23 anos como docente do IQ, o Professor Antônio Pires orientou trinta trabalhos de pós-graduação e iniciação científica. Hoje muitos de seus orientados são pesquisadores e docentes em universidades no Brasil e no exterior. O Prof. Pires era considerado por muitos ,inclusive por ele mesmo, como sendo cientificamente conservador. Entretanto, ele mesmo talvez se surpreendesse ao descobrir que esse conceito não resistiria a um exame cuidadoso de sua carreira como pesquisador.

Em 1986, através do antigo PADCT, ele adquiriu um microcomputador Microtec PC-XT ¾, o primeiro PC para uso científico no IQ - Unicamp e possivelmente um dos primeiros em laboratórios de Química Analítica no país. Numa época de registradores de papel e de integradores eletrônicos, o Prof. Antônio Pires foi um dos primeiros a enxergar o papel futuro dos microcomputadores como dispositivos práticos para aquisição e análise de dados instrumentais. O uso intenso, e muitas vezes inovador, de recursos computacionais em suas pesquisas em Cromatografia Gasosa e Cromatografia Planar acabou sendo quase que sua marca registrada.

Ao retornar de seu pós-doutorado em Amherst, ele iniciou seus trabalhos em Detecção por Emissão Atômica para Cromatografia Gasosa. Ele foi o primeiro no Brasil a desenvolver um desses detectores e, até hoje, o seu laboratório é o único no país a estudar os fundamentos essa técnica. Mais tarde, em 1998, ele recebeu o Prof. Janusz Pawliszyn, da Universidade de Waterloo, no Canadá, como visitante em seu grupo de pesquisas. Essa visita marcou o início dos seus trabalhos com Microextração em Fase Sólida onde, de novo, foi pioneiro no país. O Prof. Antônio Pires publicou em Química Nova o primeiro artigo sobre SPME produzido no Brasil, além de ser autor do único artigo de revisão sobre esse assunto publicado em português.

Sobre sua carreira docente, talvez seja necessária apenas uma menção. Não era incomum que, quando um ex-aluno do Prof. Antônio Pires o reencontrasse (muitas vezes passados até trinta anos), fizesse questão de lhe agradecer pela contribuição que ele deu à sua formação. Não são muitos os professores que são lembrados pelos seus antigos alunos com esse respeito e admiração.

Antônio Pires sofreu um ataque cardíaco e faleceu na madrugada do dia 7 de abril de 2002.

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  • Locais históricos

Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus dos Aflitos


Construída no início do século, pode, ainda hoje, dada a sua localização privilegiada, ser vista de praticamente todos os pontos da cidade. Seu interior mostra pinturas dos artistas italianos irmãos Tomazini.






Centro Cultural de Eventos

Abriga o Museu Histórico e Pedagógico "Dr. Fernando Costa", instalado na antiga estação ferroviária, cujo acervo reúne as histórias de Pirassununga e de Fernando Costa, que aqui iniciou vida política e foi ministro da Agricultura. Equipamentos ferroviários, peças de outras épocas e área própria para exposições e encontros de projetos culturais, completam o conjunto.

E.E Pirassununga



Tombada pelo patrimônio histórico e cultural, foi inaugurada em 1911, como Escola Normal, passando, posteriormente, a Instituto de Educação. Quando de sua criação, em dezembro de 1909, havia estabelecimentos de ensino iguais apenas em Itapetininga, Guaratinguetá, Campinas e Piracicaba.

Estação de ferro de Pirassununga



A então cidade de Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Pirassununga, fundada em 1826 e elevada a vila em 1865, inaugurou sua estação em outubro de 1878, como ponta de linha, a cerca de um quilômetro da praça central da cidade. Tinha, na época (dados de 1876), uma população de 7.169 habitantes, sendo 1.376 escravos, que trabalhavam especialmente na lavoura de café e na cultura de cereais. Possuía duas cadeiras de instrução primária, para ambos os sexos, e foi por muito tempo a maior e mais importante cidade do ramal. O prédio original da estação, modesto, sobreviveu até 1884, quando, substituído por outro, ainda permaneceu com outras funções até 1892, quando foi demolido.

Em 1907, começaram as obras de reformulação e ampliação do prédio, obras estas que se prolongaram até 1911, quando foi entregue o prédio na sua forma atual. Em 1911, também se inaugurava a majestosa Escola Normal de Pirassununga, ainda em prédio provisório (o belo prédio atual foi terminado em 1914) e considerada por muitos como a mais bela do Estado, alunos de todas as cidades e vilarejos atendidos pela linha utilizavam-se do trem para atingir a cidade. Também embarcavam os passageiros que baldeavam para o ramal de Santa Veridiana, e atingir o tronco da Mogiana, para seguir para Ribeirão Preto, na estação de Baldeação.

De 1891 a 1976, esse ramal, em maior ou menor trecho, esteve ativo. Em meados de 1976, a estação de Pirassununga passou a ser o ponto final do trem de passageiros, deixando de seguir até Descalvado. Sete meses depois, em fevereiro de 1977, o trem de passageiros partiu de Pirassununga pela última vez, seguindo para Cordeirópolis.

A partir daí, a estação foi sendo aos poucos, abandonada. Em 1991, ainda estava nesse estado. Em 1993, a Prefeitura reformou o prédio, que passou a abrigar o Museu Fernando Costa, e restaurou o prédio da forma como era em 1911.



Histórico da Linha: Em 1877, a Paulista abria o primeiro trecho, partindo de Cordeiros até Araras, do que seria o prolongamento de seu tronco. Em 1880, a linha, com o nome de Estrada do Mogy-Guassú, atingia Porto Ferreira, na mesma época em que a autorização para cruzar o Mogi e chegar a Ribeirão Preto foi indeferida pelo Governo Provincial, em favor da Mogiana. A linha, então, foi desviada para oeste e atingiu Descalvado no final de 1881, seu ponto final. Em 1916, as modificações da Paulista na área entre Rio Claro e São Carlos, na linha da antiga Rio-Clarense, fizeram com que o trecho fosse considerado como novo tronco, deixando a linha a partir de Cordeiros como o Ramal de Descalvado. Desde o começo em bitola larga (1,60m), ele funcionou para trens de passageiros até julho de 1976 (Pirassununga-Descalvado) e até fevereiro de 1977 (Cordeirópolis-Pirassununga). Trens cargueiros andaram pela linha até o final dos anos 80. Abandonado, o ramal teve os trilhos arrancados entre 1996 e 1997, sobrando apenas o trecho inicial até Araras com seus trilhos enferrujando ao tempo.

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  • Curiosidades

Cachoeira de Emas

















Às margens do Rio Mogi-Guaçu e distante 9 quilômetros da cidade, oferece restaurantes especializados em pratos à base de peixes, passeios de barco, pescarias, praias e quiosques, além da famosa cachoeira, onde, em 8 de dezembro, é comemorada a festa da Piracema, ou seja, a subida dos peixes para a desova.

Ecomuseu Municipal

Mantido pela municipalidade, está instalado em antigo prédio da usina hidrelétrica, que conserva todas as características originais, em Cachoeira de Emas, e é o primeiro de peixes de água doce do Brasil. Abriga um conjunto de aquários com espécies do ecossistema dos rios Mogi-Guaçu, Pardo e Grande, além de amplo acervo sobre a região, sua gente, animais, lendas indígenas, etc.



Teatro Municipal "Cacilda Becker"



É uma das melhores casas de espetáculos do interior paulista, na opinião de artistas que ali se apresentaram. Seu nome é uma homenagem à famosa atriz nascida em Pirassununga e que foi expoente no teatro das décadas de quarenta a sessenta

Academia da Força Aérea

Transferida do Rio de Janeiro para Pirassununga em meados de 1971 e também conhecida como "Ninho das águias", é um estabelecimento de ensino de nível superior, nos quadros de aviadores, intendentes e de infantaria, que integra o sistema de formação e aperfeiçoamento do Ministério da Aeronáutica. Desde 1996 conta em seu efetivo com cadetes do sexo feminino, no curso de Intendência. Além da formação profissional militar, oferece atividades extracurriculares sob a forma de associações e clubes: vôo-a-vela, de línguas inglesa e espanhola, de estudo da história militar, de informática, de aeromodelismo e os centros de tradições mineiras, gaúchas e nordestinas.



Fazenda da Aeronáutica

Com área de 6.502 hectares, tem como finalidades a ocupação produtiva das terras em atividades agropecuárias e o fornecimento de gêneros alimentícios - pão, leite, iogurte, queijos, arroz, feijão, café, açúcar e carnes bovina, suína e de frangos -, de acordo com a sua capacidade produtiva, para oito organizações militares do Comando da Aeronáutica no Estado de São Paulo. Para isso, são emplorados 3.380 hectares, assim distribuídos: 1.326 com culturas anuais e perenes, 251 com exploração animal e 1.803 arrendados para o cultivo de soja e cana industrial. Desenvolve, igualmente, diversas atividades relacionadas à agroindústria: usina de beneficiamento e industrialização de leite (135 mil litros/mês); beneficiamentos de arroz (30 mil quilos/mês), de feijão (40 mil quilos/mês) e de café (30 toneladas/mês); abatedouro para bovinos e suínos (normas de inspeção do SISP); fábrica de ração para 140 toneladas/mês (bovinos de corte e leite, suínos, eqüinos, aves e peixes).

Engenhos



Pirassununga é conhecida pela superior qualidade de sua aguardente. Ao lado de modernas processadoras e engarrafadoras encontram-se antigos e tradicionais alambiques, muitos ainda administrados "em família"e onde podem ser desgustadas pingas especiais.

Roteiros Rurais
















Em 1884, Pirassununga tinha cinco milhões de pés de café e a importância econômica da atividade que motivou a realização da I Exposição Regional do Café. Em muitas das fazendas atuais ainda é possível encontrar os casarões dos então "barões do café", alguns com mais de uma centena de anos.




Cia. Müller de Bebidas Ltda

Em 1976, a Cia. Müller de Bebidas Ltda comprou a Fazenda Taboão, em Pirassununga, onde hoje está instalada a maior produtora de cachaça do País: a Caninha 51.

Hoje, a empresa detém 33% do mercado interno de cachaça (segundo os Estudos Nielsen). No maior mercado consumidor do país, a Grande São Paulo, a Cachaça 51 chega a ser responsável por mais de 50% do total consumido.

No mercado internacional, a Cachaça 51 é a quinta bebida destilada mais consumida.

A Caninha 51, cuja produção está com a família Müller desde 1959, é a mais comercializada do País. Responde por 33% das vendas nacionais, que somam 1,3 bilhão de litros e US$ 600 milhões ao ano. É a filha mais velha e mais rentável da Müller, que faturou R$ 450 milhões em 2001 e deve crescer 8% este ano. A empresa tem duas fábricas (uma em Pirassununga e outra em Recife-PE), destila 300 milhões de litros de pinga por ano e freqüenta prateleiras, gôndolas e balcões de 900 mil pontos-de-venda em todo o País.

Além da 51, produz o conhaque Domus, terceiro colocado no ranking nacional, o preparado em pó Caipirinha Mix, 51 Ice
e as cachaças 29 e Terra Brazilis.

Lendas da Caninha 51


Uma lenda conta que a Caninha 51 tem esse nome porque seus produtores, supersticiosos daqueles que correm de gato preto, armazenavam a melhor aguardente da safra sempre no mesmo barril, o de número 51. Outra garante: 51 foi a quantidade de doses que um mendigo de Pirassununga (berço do produto) conseguiu tomar num único dia – 50 para ele e uma “para o santo”.

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