dr. Pintassilgo

Viradouro

Fundadores: Antônio Sancho Diniz Junqueira, Major Prudêncio Joaquim de Sousa e Cel. José Walter da Silva Porto.


Data da fundação: Ano de 1899.



A idéia da fundação da cidade partiu de um grupo de fazendeiros residentes nesta região, em 1897, destacando-se os cidadãos: João de Macena Machado, Francisco Machado de Oliveira, Antônio Machado da Silveira, Gabriel Custódio da Silveira, Antônio Sanches Diniz Junqueira, Vicente Marçal de Lima, Manoel Joaquim de Souza Júnior, Manoel Machado, José Custódio Braga, Jerônimo Custódio da Silveira, Eduardo Custódio da Silveira, Pedro Custódio da Silveira, José Walter da Silva Porto e José Eduardo da Silveira.

Por meio de uma subscrição o Capitão Jerônimo Custódio da Silveira angariou fundos para a aquisição de 30 alqueires de terras, reduzindo-se a compra a 25 alqueires. Em virtude da subscrição não atingir o total, doando ainda o vendedor 2 alqueires, patrimônio esse que foi ofertado a Nossa Senhora Aparecida, a padroeira escolhida. Em agosto de 1879 e maio de 1899 concluíram-se a primeira e a segunda casa dentro desse perímetro, pertencentes, respectivamente, ao Sr. Albino José Pereira e ao Capitão Vicente Marçal Lima. Em 1900 surgiu um movimento em prol da ereção de uma capela, do que se encarregaram os empreiteiros Carlos Tocalino e Luiz Carlos Tocalino, destacando-se como maior fornecedor de material, o sr. João de Macena Machado.

Essa capela foi demolida em 1917 para dar lugar à nova Igreja. O nome Viradouro originou-se de uma fazenda assim denominada por Dona Hipólita Placidina da Silveira, esposa do Capitão Antônio Machado da Silveira, em virtude de ser a sede dessa fazenda o ponto terminal de uma estrada, o que obrigava o viajante a “viajar” já que não havia caminho para frente. O nome estendeu-se da fazenda ao povoado, ao distrito e ao município. O distrito de paz de Viradouro foi criado pela Lei n.º 1 004, de 3 de dezembro de 1906 e como parte integrante do município de Pitangueiras, comarca de Bebedouro até 1910; nesse ano, passou à jurisdição da comarca de Pitangueiras, então criada. Em 1909 instalava-se a agência postal. Em 1913 a Estrada de Ferro São Paulo – Goiás (adquirida em 1926 pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro) atingia o município. Em 1915 foi instalada a primeira escola, denominada Escola Mista Rio Branco, pelo Prof. Conegundes Rangel. Em 1917 inaugura-se solenemente a iluminação elétrica. Um ano antes, pela Lei n.º 1 522, de 26 de dezembro de 1916, a localidade havia sido elevada a município, o qual, porém somente foi instalado a 23 de março de 1918, sendo seu primeiro Prefeito, o sr. Francisco Primo Braga. O patrimônio doado a Nossa Senhora Aparecida teve nos primeiros anos um desenvolvimento apreciável, graças à fertilidade de seu solo e à divisão das terras em pequenas propriedades, adquiridas principalmente por imigrantes italianos e portugueses, que estimularam a policultura e a pecuária.

Foram sucessores de Francisco Braga na chefia do Executivo Municipal os srs. Prudêncio Walter Porto, Sebastião da Silva Porto, Juvenal Teixeira, José Gonçalves Júnior, Armindo Amável de Souza, Dr. Sandoval José de Almeida, Benedito da Silva Braga, Juvenal Vieira de Andrade, Antônio Giglio, João Batista Walter Porto, Odulfo de Oliveira Guimarães, Sebastião Buck Tocalino, Fábio Uchoa Ralston, Juvenal Custódio da Silveira, Odilon Carvalho Braga, Elísio Mira de Assumpção e atualmente o Sr. Antônio Giglio. Em 26 de dezembro de 1925, pela Lei n.º 2 099, foi criado e incorporado ao município e distrito de Terra Roxa, que se desmembrou em 1948.
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  • Origem do nome

Popular; provém de uma fazenda denominada Viradouro.
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  • Personagens

Euclides Custódio da Silveira

O desembargador Euclides Custódio da Silveira nasceu em Viradouro, no dia 17 de julho de 1908. Era filho de Gabriel Custódio da Silveira e Mariana Cândida da Silveira. Por aprimorada cultura, inteligência lúcida e vocação acentuada para os problemas jurídicos, foi uma das destacadas figuras da magistratura paulista.

Fez o curso de Humanidades no Colégio Sampaio, de Ribeirão Preto e, no Colégio Cesário Mota, de Campinas. Ingressou na faculdade de Direito e salientou-se por sua aplicação aos estudos, alcançando notas distintas. Iniciou a carreira como advogado e, por três anos, militou nessa qualidade, no foro da Comarca de Capivari.Optando pela magistratura, inscreveu-se em concurso, sendo nomeado juiz substituto do Distrito Judicial de Jaú.

Na mesma qualidade de substituto, transferiu-se para a Comarca de Santos, no ano de 1938. Pouco depois, efetivado no cargo de juiz de Direito, foi-lhe designada a Comarca de José Bonifácio, para início de suas atividades judicantes. Em 1940, foi transferido, a pedido, para a Comarca de Batatais. Ali permaneceu alguns anos, até que, em 1944, viu-se investido nas funções de juiz substituto da 3ª Entrância, na Comarca de São Paulo, logo nomeado juiz de Direito da 8ª Vara Civil.

Ao instalar-se o tribunal de alçada, foi um dos juízes escolhidos para integrar esse tribunal, em cuja presidência foi investido por seus pares. Em agosto de 1963, alcançou o cargo de desembargador, ao Tribunal de Justiça, promovido por merecimento, em lista tríplice, em que seu nome figurava. Logo depois, foi eleito corregedor da Justiça e, para o exercício de 1964 e 1965, exerceu as funções de presidente do Tribunal da Justiça. Especializou-se em Direito Penal, cuja teoria dominou, por força de inteligentes investigações e estudos da matéria, tornando-se autorizado mestre desta disciplina.

Escreveu elogiados trabalhos, ocupando a cátedra de professor de Direito Penal, na faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Casado com Dulce Lepage da Silveira, Euclides da Silveira faleceu no dia 15 de março de 1967, em São Paulo, com 59 anos de idade.

Benedito Pereira de Oliveira

Benedito Pereira de Oliveira, filho de Astor Pereira de Oliveira e Ana Silveira Pereira, nasceu em Viradouro no dia 02 de Setembro de 1926. Seus pais, mudaram para Morro Agudo, quando ainda criança.

Fez o curso primário no Grupo Escolar, único na época, denominado de "Roberto Robazzi ". Mais tarde, foi morar em Ribeirão Preto, onde fez o curso ginasial, o científico e depois prestou vestibular para o curso de Odontologia, porém não quis ir adiante nos estudos, regressando para Morro Agudo, onde residia.

Trabalhou por muitos anos, como funcionário público, no Posto de Saúde local. Casou-se com Lourdes Gomes e tiveram três filhos: Maria Lúcia, José Augusto e José Fernando.

Demonstrando um grande interesse por política e amando esta querida cidade, resolveu em 1950, candidatar-se a Vereador e foi eleito, juntamente com outros companheiros: Otávio Alves Prado, Messias Issy, José Rodrigues da Mata, José Joaquim Marques, Rubem Penha, nessa época, o Prefeito eleito era o sr. Milton Pereira Viana.

No dia 27 de Fevereiro de 1965, tomou posse no cargo de Prefeito, devidamente compromissado, em virtude da licença para tratamento de saúde, concedida ao Prefeito, João Guarniéri, pelo prazo de 60 dias.

Faleceu em Ribeirão Preto, no dia 05 de Novembro de 1965, onde se encontrava em tratamento de saúde, foi sepultado em Morro Agudo.
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  • Locais históricos

Estação de ferro de Viradouro



A estação foi aberta em 1913 pela São Paulo - Goiás original. Era na época ponta de linha do trecho Passagem - Viradouro, que não tinha ainda conexão com o trecho de Bebedouro a Monte Azul. Com a construção dessa linha de união em 1916, Viradouro passou a ser ponta do chamado ramal de Jaborandy, até 1918, quando ele foi prolongado até Terra Roxa. Em 1927, a linha foi comprada pela Paulista e transformada no ramal de Terra Roxa ou ramal de Viradouro e Terra Roxa. A estação foi desativada junto com o ramal, em 1/9/1966.



Histórico da Linha: A C. E. F. São Paulo - Goiás iniciou a operação em 1911, com o trecho Passagem - Pitangueiras, prolongado até Ibitiúva em 1912 e até Viradouro em 1913. A ligação desta linha com a outra da Cia., a Bebedouro - Monte Azul, só foi concretizada em 1916, construída pela massa falida da Cia., extinta em 1914. A Cia. Ferroviária São Paulo-Goiás assumiu a linha e o trecho de Viradouro acabou sendo um ramal que partia de Ibitiúva, depois da união das linhas. Em 1918, o ramal foi prolongado até Terra Roxa, com o nome de ramal de Jaborandy, para onde a linha deveria seguir. Tal prolongamento nunca se realizou. No dia 10 de janeiro de 1927, a Paulista adquiriu da CFSPG o trecho Passagem - Bebedouro e o ramal, que passou a se chamar ramal de Terra Roxa (ou de Viradouro e Terra Roxa). Sempre com bitola métrica, o ramal somente foi extinto em 1/9/1966 pela Paulista, já estatal. Os trilhos foram retirados logo depois.

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