dr. Pintassilgo

Catanduva

Denominações anteriores: Vila Adolfo.

Fundadores: José Lourenço Figueiredo, Joaquim Figueiredo e Antônio Maximiano Rodrigues.

Data da fundação: Ano de 1850.



Catanduva é um brasileirismo que designa mato cerrado. Segundo a tradição local, o topônimo referido derivou-se da existência de mato rasteiro ou campo cerrado na área onde se localizou a cidade. Embora esteja Catanduva situada numa rica faixa de terra, própria para o cultivo do cafeeiro e cereais, a paisagem vegetal característica da média araraquarense, notadamente entre aquela cidade e São José do Rio Preto, é a de arbustos, espinhos e plantas rasteiras justificando-se por conseguinte, sua denominação.

Entretanto, “Catanduva” não foi o nome de batismo da cidade que haveria de ser uma das mais progressistas da região araraquarense. Desde a sua fundação outros nomes lhe foram atribuídos.

Não se sabe com exatidão quais os fundadores do antigo “cerradinho”, humilde e rústica povoação construída às margens do ribeirão São Domingos, afluente do rio Turvo. Já houve uma manifestação pública dos velhos moradores de Catanduva procurando atribuir a glória da fundação da cidade a Antônio Maximiano Rodrigues. Para estes, Antônio Maximiano Rodrigues, natural de Conceição do Rio Verde, no Estado de Minas Gerais, teria adquirido terras na região de Catanduva, por volta de 1850, e nelas se estabelecido em 1892, quando fez a doação de 10 alqueires de sua propriedade para o patrimônio da Paróquia de São Domingos, batizadas com o nome, já mencionado, de Cerradinho por se encontrarem tais terras encravadas na fazenda de São Domingos do Cerradinho.

Em contraposição há outra corrente que tem propugnado pelo nome, também venerável, de Joaquim Figueiredo como o verdadeiro fundador do povoado de Cerradinho. Segundo estes, José Lourenço Dias Figueiredo, vindo de Minas Gerais, teria comprado propriedades nessa região no ano de 1850.

Em 1889, seu filho Joaquim Figueiredo, tomando posse das terras, iniciou as plantações e o cultivo das mesmas, quando então se construiu a primeira casa de telhas. Outros, ainda, optam pelo nome de Domingos Borges da Costa (vulgarmente conhecido por “Minguta”), velho carioba destas plagas, que se radicou nas cercanias da povoação nascente, à beira de um riacho, o qual conserva seu apelido.

Indiscutivelmente, pairam dúvidas quanto aos primórdios históricos da comunidade Catanduvense.

Por muito tempo, a Paróquia de São Domingos do Cerradinho permaneceu como um povoado estrito e inexpressivo. A imperial Estrada do Trabalho, que de Jaboticabal se afundava pelo ato sertão passando pó Monte Alto, Vista Alegre, Palmares (antigo Cordão Escuro) Tabapuã e Rio Preto até atingir o Porto do Taboado no rio Paraná, era a principal via de penetração, naquela época absorvendo todo o movimento comercial da região. Aquelas povoações, antigas pousadas de carreiros e mercadores, transformaram-se rapidamente em prósperos entrepostos comerciais. Por força desse determinismo geográfico, Cerradinho tornou-se tributaria de Cordão Escuro. Ma s, quando a ferrovia veio abrir novos rumos à civilização, a insignificante povoação de Cerradinho tomou novo alento, transferindo para si o eixo comercial de toda a região. Aqueles antigos pontos de pousada de tropeiros e carreiros, disseminados ao longo do Taboado, são, no envolver histórico, superados, passando a simbolizar um período econômico.

Antes mesmo da chegada da Estrada de Ferro Araraquara, em 1910, foi criado o Distrito de Paz, no Município de São José do Rio Preto, pela Lei n.° 1 118, de 6 de dezembro de 1909, com a denominação de “Vila Adolfo”, em homenagem a um político influente de Rio Preto, Coronel Adolfo. Desde então o progresso urbano do Distrito foi extremamente rápido, prendendo-se ao desenvolvimento econômico da fértil zona rural. O cultivo do café, predominante adotado, as penetrações ferroviárias por intermédio da Estrada de Ferro Araraquara, de par com a assistência médico-hospitalar e educacional com a qual fornecesse vila la sendo dotada, constituíram fatores decisivos para a evolução progressiva da área urbana. Assim, em 14 de novembro de 1917, pela Lei n.° 1 564 foi elevado a município com o nome de Catanduva e instalado a 14 de abril de 1918.

Dois anos depois, pela Lei n.° 1 675-B, de 9 de dezembro de 1919, foi criada a comarca de Catanduva, atestando seu rápido desenvolvimento

Atualmente consta de 3 Distritos de Paz: Catanduva, Elisiário (Lei 1 935 de 29-XI-1923) e Catiguá (Decreto 9 775 de 30-XI-1938).

A comarca de Catanduva (40.° Zona Eleitoral) abrange os Municípios de Catanduva, Ibiá, Pindorama e Tabapuã. Delegacia de Policia de 3.ª classe, pertence a 2.ª Divisão Policial (Região de São José do Rio Preto).

A denominação local dos habitantes do município é “catanduvense”.

Em 3 de outubro de 1955, o município contava com 11 450 eleitores inscritos e 19 vereadores em exercício.

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  • Origem do nome

Tupi. CATANDUVA= Terra ruim, devido à sua cor vermelha.

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  • Personagens

Monsenhor Albino Alves da Cunha e Silva

Padre Albino Alves da Cunha e Silva nasceu em 21/09/1882 na aldeia de Codeçoso, Província do Ninho, em Portugal, filho de Avelino Alves da Cunha e Silva e Ana Joaquina da Mota e Andrade, pessoas de sólida formação moral e alto grau de religiosidade, possuidores de uma fortuna considerável, porque honestos e trabalhadores.

O pequeno Albino ingressou no curso primário na cidade de Amarante. Após terminar o secundário começou a pensar no seu futuro, ou seja, escolher uma carreira. Foi aí que, depois de muito rezar e pensar decidiu entregar-se de corpo e alma a Deus, pela vida eclesiástica. Seu pai não queria que ele fosse padre. Desejava ver o filho formado em Direito. A mãe pensava do modo contrário; apoiava o filho na sua escolha.

Em setembro de 1905, Albino terminou o curso superior, com bastante brilho, na cidade de Braga, onde foi ordenado sacerdote. Sua primeira Paróquia foi na sua terra natal. De vigário encomendado passou a vigário colado, mediante concurso difícil e brilhante. Tornou-se, por isso, facilmente conhecido como padre de valor. E a prova dessa afirmação está em que os seus superiores o promoveram a uma grande e rica paróquia. Entretanto, não tomou posse.

Em 03 de outubro de 1910 estoura a Revolução em Portugal. No dia 05 do mesmo mês a Câmara Municipal de Lisboa proclama a República e o Governo Provisório que, dirigindo-se ao País e ao Mundo, indicou as suas idéias e intenções que logo se revelaram anticlericais, positivistas, jacobinas, etc.

No dia 10 de outubro, o Governo Provisório põe em vigor as antigas leis de Pombal que expulsaram os Jesuítas de Portugal e também o decreto ditatorial liberal que suprimiu todos os conventos, mosteiros e estabelecimentos religiosos. Instituiu-se o divórcio, a secularização dos cemitérios, proibiu-se o ensino religioso nas escolas primárias e decretou-se a separação da Igreja do Estado.

Padre Albino, fiel aos princípios dos Santos Evangelhos e dos postulados da Santa Igreja, não se dobrou diante da prepotência dos homens, enfrentando tudo e a todos. Mas, como sempre acontece, fora vencido. Condenado à prisão e degredo na África, foi obrigado a fugir para que a Igreja não perdesse um bom combatente.

Arranca a sua querida batina, para não ficar sem ela e a vida, deixa crescer o bigode, veste um terno modesto e foge. Empreendeu uma terrível jornada, a pé, da cidade de Amarante à cidade de Braga, quando chegou a perder a unha do dedo grande do pé esquerdo.

De Braga parte de trem para Monção, na divisa da Espanha, onde fica na casa do padre que foi seu vigilante no Seminário Maior. Este sacerdote consegue que Padre Albino, através do rio Minho, vá para Salva Terra dos Magos. Em seguida, vai morar em Tuí, pequena vila espanhola, aguardando o momento oportuno para deixar sua Terra.

E foi rápido. Estava ancorado no porto de Vigo o vapor "Zelândia", ostentando a bandeira brasileira, destinado a proteger os foragidos desejosos de imigrar para o Brasil. Padre Albino toma o navio com destino ao Brasil.

Em 21 de setembro de 1912, com 30 anos, desembarcou no Rio de Janeiro. Como padre, ele passou por Jaboticabal, Jaú, Barra Bonita e, finalmente, Catanduva, em 26 de abril de 1918, onde ficou até sua morte, em 19 de setembro de 1973, aos 91 anos de idade.

Curiosamente, Padre Albino não foi bem recebido pelos catanduvenses, que choravam a saída do padre Caputo, muito popular. As próprias autoridades olhavam o padre português com certa prevenção, pois ele era reservado, austero, nobre e circunspecto. Nunca foi orgulhoso. Quando passava pelas ruas, sempre humilde e recolhido, não era compreendido pelo povo. Quantas vezes, ao passar pelas ruas, recebia insultos. Alguns tossiam propositadamente e escarravam perto de seus pés. Entretanto, ele não se revoltava. Suportava tudo calado e sem perder a calma. Nem sequer fazia cara feia.

No seu segundo ano em Catanduva, Padre Albino iniciou as obras da Igreja Matriz. Para isso saiu, pelas ruas da cidade, pelos sítios, buscando donativos: debaixo de sol ou chuva; a pé, a cavalo, de carro; de dia e de noite, passando fome e sede. E sofrendo decepções. Com muitas dificuldades angariou os donativos necessários, pelos sítios principalmente, e contando mais com os paroquianos pobres. Assim terminou a obra, para espanto geral de todos.

Foi também graças a Padre Albino que a Igreja Matriz ganhou as telas do grande pintor brasileiro Benedito Calixto, o que incluiu a cidade no roteiro turístico do Estado de São Paulo.

Em 1926 inaugura a Santa Casa de Misericórdia, hoje Hospital Padre Albino. Os trabalhos e dificuldades com que construíra a Matriz diminuíram consideravelmente, pois o povo já conhecia e amava intensamente o seu vigário. Todos confiavam nele, convictos de sua honestidade e capacidade. Nesta obra ele já contava com a ajuda das pessoas abastadas da cidade.

O hospital cresceu com a construção do prédio da Maternidade. No início da década de 50 inaugura o pavilhão infantil. Em 1976, no cinqüentenário do hospital, inaugura o bloco vertical de seis andares.

Ligado à sua preocupação com a assistência aos idosos, o Lar dos Velhos foi a segunda obra de Padre Albino em Catanduva, inaugurado em 29/06/29.

Em 1969 vem o ciclo das escolas, a partir da Faculdade de Medicina, idéia e sonho de Padre Albino para dar destino ao hospital após a sua morte, sua grande preocupação. Para isso, porém, a primeira medida a ser tomada era a da transformação da Associação Beneficente de Catanduva em Fundação para se organizar a Mantenedora das faculdades. Após o cumprimento de toda a burocracia, aos 29/03/1968, com sua primeira reunião, nascia a Fundação Padre Albino.

A seguir vieram o Colégio Comercial Catanduva (1971), a Faculdade de Administração de Empresas (1972) e a Faculdade de Educação Física (1973).

Além destas, Padre Albino foi responsável pela criação da Casa da Criança "Sinharinha Netto", Vila São Vicente de Paulo, Lar Ortega-Josué, Ginásio Dom Lafayette, Seminário "César De Bus" e Santuário Nossa Senhora Aparecida.

Nos últimos anos, em decorrência de moléstias e da debilidade física, Padre Albino deixou a Casa Paroquial e passou a residir no próprio hospital, no famoso quarto 84. Permanecia sentado na primeira sala à direita da entrada. Em lugar das pesadas botinas, passou a usar sandálias, que eram mais leves; em vez da batina preta, quente, uma espécie de guarda-pó cinza, com o colarinho eclesiástico; não mais com o tradicional guarda-chuva, mas curvado, cada vez mais, arrimado à bengala. Caminhava com dificuldades pelos corredores do hospital.

Chegava a tumultuar a vida do hospital porque observava toda a movimentação da portaria e nunca permitia que um doente que chegasse não fosse atendido a qualquer hora.

A primeira fratura do colo de fêmur aconteceu em 1958 e Padre Albino tinha 75 anos. A grave fratura, aliada a um problema intestinal, recomendava que fosse transferido para São Paulo. Operado pelo prof. Godoi Moreira, permaneceu seis meses internado no Hospital Beneficência Portuguesa e seu tratamento foi todo custeado pela comunidade.

Sua leitura diária era o jornal O Estado de São Paulo. No fim de cada ano dava à Fundação Padre Albino uma quantia em dinheiro de um valor que seus familiares, de Portugal, lhe remetiam anualmente e que mantinha em uma conta na Caixa Econômica.

No seu último dia de vida, Monsenhor Albino tomou pela manhã, ás 6 horas, o desjejum: leite, pão e bolacha. Às 10 horas o almoço: um prato de canja, ovo cozido e maçã.

Entre as últimas pessoas que recebeu, além de seu colaborador, dr. Floriano Lima, na manhã do seu falecimento, esteve com ele o Bispo de Rio Preto, Dom Lafayette Libanio, seu grande amigo e superior hierárquico durante muitos anos.

Após a saída do Bispo, disse ao seu enfermeiro que desejava virar de lado para descansar um pouco da posição em que estava. Ao ajudá-lo, o enfermeiro notou que ele estava perdendo a cor. Irmã Anália Nunes foi chamada e pediu que o dr. Bento Moretto viesse imediatamente.

Padre Albino tinha sofrido uma espécie de desmaio. Auscultando-o, dr. Bento percebeu que a pulsação foi caindo; o coração, pulsando fraco e lentamente, ia parando. O coração de Padre Albino foi parando, parando, parou. Era o dia 19 de setembro de 1973, uma quarta-feira, próximo das 12 horas.

O corpo de Padre Albino, embalsamado, ficou exposto em câmara ardente no átrio da capela do hospital. Às 16 horas deste mesmo dia foi trasladado para a Igreja Matriz, onde foi celebrada missa de corpo presente pelo Bispo e todos os vigários da Diocese.

O sepultamento foi realizado no dia 21, às 16 horas, sendo o corpo transportado em um carro do Corpo de Bombeiros, para o Cemitério Nossa Senhora do Carmo, com acompanhamento calculado para perto de 30 mil pessoas

Cristiano Mascaro

Cristiano Mascaro nasceu em Catanduva no ano de 1944. Conhecido internacionalmente pelas imagens que fez da cidade de São Paulo onde vive. O arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, já trabalhou nos principais jornais e revistas do país. Atualmente expõe a série "interior" produzida pelo SESC-SP.Na exposição apresenta um de seus registros em preto e branco tirado sobre a ponte metálica: "Ilha de São Pedro vista da Ponte" documenta uma manhã de inverno onde a bruma dissipa os relevos da vegetação criando nuances sutis de uma delicadeza poética.

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  • Locais históricos

Museu da Imagem e do Som

Abriga o Cine Clube Julio João Trida. Possui grande acervo de filmes em super 8 mostrando a história de Catanduva. O anfiteatro, com capacidade de 200 lugares proporciona a exibição de materiais relativos á cidade Feitiço. Às margens do Rio São Domingos.

Igreja Matriz de São Domingos

Com telas do pintor Benedito Calixto, pintados em 1920 e o Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

Estação de ferro de Catanduva



Aberta em 1910 como Villa Adolfo, nome do então distrito de São José do Rio Preto. Em 1917, o nome foi alterado para Catanduva, quando da criação do município. As alterações da linha nos anos 40 e 50 não tiraram a estação do leito original, e em 1955, passou por ali o primeiro trem já pela bitola larga. Em 15 de março de 2001, ali parou o último trem de passageiros, vindo de São José do Rio Preto para Itirapina.



Histórico da Linha
: A Estrada de Ferro de Araraquara (EFA) foi fundada em 1896, tendo sido o primeiro trecho aberto ao tráfego em 1898. Em 1912, já com problemas financeiros, a linha-tronco chegou a São José do Rio Preto. Somente em 1933, depois de ter sido estatizada em 1919, a linha foi prolongada até Mirassol, e em 1941 começou a avançar mais rapidamente, chegando a Presidente Vargas em 1952, seu ponto final à beira do rio Paraná. Em 1955, completou-se a ampliação da bitola do tronco para 1,60m, totalmente pronta no início dos anos 60. Em 1971 a empresa foi englobada pela Fepasa. Trens de passageiros, nos últimos anos somente até São José do Rio Preto, circularam até março de 2001, quando foram suprimidos.

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  • Curiosidades

Bosque Municipal

Museu Histórico e Pedagógico " Governador Pedro de Toledo". Apresenta material evocativo da Revolução Constitucionalista.

Cocam



A Cocam é uma das maiores produtoras de café solúvel no Brasil, produzindo e exportando uma grande variedade de café instantâneo e extrato de café.

Operando desde 1970, a Cocam utiliza-se de equipamentos de última geração, desenvolvendo assim novos produtos para atender as demandas do mercado.

Com duas de suas fábricas em Catanduva, a Cocam utiliza alta tecnologia no processo de secagem: o Freeze Dried que, através de câmara fria, forma cristais de gelo preservando os componentes aromáticos, e o Spray-Dried, um sistema que consiste na vaporização de ar quente.

A Cocam existe há mais de 35 anos e produz cafés solúveis apreciados em mais de 25 países.

Hino

"Sob o sol escaldante dos trópicos,
um pioneiro chegou a esta terra,
terra crua que não prometia
um futuro de tanto esplendor.

O viajante fincou a bandeira
com coragem, confiança e amor
e o intrépido aventureiro
consagrou-se como fundador

A semente foi plantada e mudou a paisagem,
nossa terra ficou fértil, floresceu.
E a mão firme do trabalho operou mais um milagre:
fez nascer um povo forte, um povo honesto e lutador.

Catanduva, Cidade Feitiço
Quem pisa teu chão não se esquece jamais
Teu feitiço é mais que um encanto
que inspira meu canto de amor e de paz!
Teu feitiço é mais que um encanto
que inspira meu canto de amor e de paz!"

Letra e Música - José Carlos de Freitas
Arranjos - Fernando Cezar e Fabrício Assad

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