Nossos políticos

9/3/2005
Alexandre de Macedo Marques

"Uma vez mais um ministro do Supremo Tribunal decide por distorcidos critérios políticos utilizando o "pântano enganoso das palavras" para justificar a mãozinha marota ao amigo "companheiro". Quando  isso acontece - e, cada vez mais, freqüentemente - recordo-me da sensação de horror que se apossava das gentes quando o Judiciário Soviético "inventava" sentenças e pareceres de absoluto desdém ao Direito,  em exercícios de distorcido raciocínio jurídico para agradar aos detentores do poder. Primeiro foram os procuradores agindo como  comissários políticos. Agora, o Supremo decidindo com critérios partidários, repetidamente. Um Presidente da República cujo perfil foi magistralmente descrito pelo Daniel Piza, no Estadão, "24 discursos por mês, quase sempre crivados de leviandades, megalomanias e erros gramaticais." Um governo que é um imenso convescote entre  comparsas. Uma grande farra de gozadores querendo reinventar a roda entre churrascos,  peladas, uns tragos e  pagodes. Aonde vamos chegar? Ou, melhor, aonde quer chegar uma sociedade que a tudo assiste bovinamente impassível?"

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