Artigo - Quando o relacionamento coorporativo excede os limites

16/4/2010
Amanda de Abreu Cerqueira Carneiro - OAB/RJ 137.423

"Quando o relacionamento corporativo excede os limites... Realidade atual e crescendo exponencialmente, mas que nunca acaba bem, e as empresas precisam se atentar sim para não terem que se responsabilizar depois, se der qualquer problema...(Migalhas 2.368 - 16/4/10 - "Relacionamento coorporativo" - clique aqui) É bacana se relacionar com alguém da área de atuação. Um ajuda o outro, legal. Mais bacana ainda é quem consegue se manter assim, ainda mais dentro de um mesmo ambiente laboral, todos os dias. Sob o meu ponto de vista, e por situações um tanto constrangedoras, prefiro evitar. Com relação ao casal, uma situação : se um leva uma 'chamada' de um superior hierárquico, o outro se dói e começa a agir da seguinte forma. É o famoso, 'finge que paga, e eu finjo que trabalho'. Fica um ambiente pesado, ambos de cara feia, justamente porque um 'tomou as dores do outro'. Isso já começa a poluir o ambiente. Sem contar os intervalos tomando café juntos, a proximidade, os bate-papos. Deus me livre se um colega ou uma colega se aproximar da mesa para conversar. É problema certo. Quando o relacionamento acaba então, as mágoas e ressentimentos dão margem à atitudes impulsivas que nunca dão certo. Recordo-me que, quando estagiária, um ex-namorado meu estagiou no mesmo escritório que eu. Nunca demos bandeira. Eu andava de aliança, e ele não. Não almoçávamos juntos. Comportamento ímpar. Quando larguei o escritório, e com a amizade que eu tinha com todos, contei aos mais próximos, que ficaram surpresos. E não fiquei pouco tempo nesse local não. O meu estágio durou mais de um ano. Entendo que isso vai muito do comportamento e da postura que a pessoa terá dentro do trabalho, para que não dê azo para qualquer comentário ou 'chamadas' do chefe. Hoje, acho bacana cada um ter a sua ocupação, na sua empresa... Cada um no seu quadrado. Quem consegue se manter dentro do mesmo local, dou parabéns. Quanto ao assédio sexual, já passei por isso, mas só fiquei na empresa por 3 semanas, e nunca dei qualquer espaço para isso ter ocorrido. Profissional é profissional. E saí em razão disso, chocada. Imagina... O meu primeiro estágio e me deparar com isso ? Poderia ter processado, mas preferi deletar da memória as situações constrangedoras, queimar os bilhetinhos, entregar as flores em uma igreja, clicar a tecla da amnésia, quanto às famosas atividades externas pelos Fóruns (eu estagiária, sem OAB, tinha que acompanhar a pessoa para quê ? Fato.). Que dá para namorar no mesmo ambiente dá. Só que a vida pessoal não precisa ser aberta para colegas de trabalho. Postura profissional é tudo. Adorei o texto e sei muito bem que essa obra se assemelha a muitos casos de leitores que já passaram ou viram essa situação. Agradeço a Deus, hoje, por ter um ambiente profissional tão tranquilo e distante desses problemas. Abs e parabéns..."

 

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