Tributos

17/3/2005
José Fernandes da Silva

"Senhores, dificilmente se passa um dia neste nosso querido Brasil, sem que alguém meta a mão no nosso bolso para transferir o produto do suor dos contribuintes - especialmente os que trabalham sem nenhum vínculo com qualquer tipo de órgão público - para o bolso daqueles que detêm o chamado poder, nas três esferas da administração pública. Em oportunidade anterior, já manifestei minha profunda preocupação com o fato de que, cada vez mais, nós contribuintes temos que pagar tributos, mas sem nenhuma contrapartida de benefícios sociais. Vemos claramente que os recursos, cada vez maiores, se destinam unicamente à satisfação pessoal de governantes e seus asseclas, ou de grupos e castas alojadas em cargos e empresas públicos. Hoje, a Agência Estado informa que a chamada PEC paralela da previdência modificou a questão da paridade salarial dos funcionários públicos e a Mesa da Câmara aprovou, para si mesma, o aumento da verba de gabinete. Ontem, foi a alteração do chamado subteto salarial que estendeu a várias categorias (delegados, etc.), o limite de salário dos ministros do Supremo. Hoje, com certeza, não faltará o assalto do dia. É só esperar. Quando a notícia revela que o presidente da Câmara, saiu do plenário aplaudido por servidores públicos, e que o governo foi derrotado, eu discordo. Quem saiu derrotado fui eu, foi você cidadão contribuinte não ligado à casta governista, pois nós é que pagaremos a conta. Sei que esta manifestação não agrada à maioria dos nossos migalheiros e não alcançará nenhuma repercussão, pois tenho notado que a grande maioria não se situa no lado em que me coloco."

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