O Grande Império

18/3/2005
Iracema Palombello

"Ficou claro em toda a região do "Grande Oriente Médio" que os Estados Unidos vieram para ficar, e que ninguém desafia hoje o poder americano impunemente, exatamente como ocorreu, na mesma região, com o poder imperial britânico, nos tempos da Rainha Vitória. Mas isto não significa necessariamente que o "Grande Oriente Médio" vá se transformar numa região democrática, segundo a vontade e o modelo anglo-saxão. As mudanças na Palestina e no Líbano ocorreram na seqüência de duas mortes que ainda não foram esclarecidas: a doença de Yasser Arafat, e o atentado contra o antigo primeiro ministro libanês, Rafik Ariri. Duas mortes que provocaram, num primeiro momento, um deslocamento político, na direção dos interesses estratégicos americanos. No resto da região, não se escuta uma só nota da "trombeta libertária" do presidente Bush, nos territórios do Paquistão, da Tunísia, da Jordânia, do Yemen, do Kuwait, ou mesmo, no caso da Líbia e da Argélia. Em síntese: o presente não é nada animador, ao contrário do que diz a grande imprensa."

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