Violência

21/5/2010
Arlete dos SantosTravasso da Costa

"Devemos ter prudência ao tentarmos intelectualizar sentimentos, evitando de maneira subjetiva cairmos no preconceito de que saúde mental está relacionada com intelectualidade ou com a ignorância. São vários os conceitos psicanalíticos de normalidade, para não me prolongar entre a teoria das teorias, apesar do meu estolfo acadêmico, cito aqui a grande psicanlista Melanie Klein, que nos diz: 'A normalidade, caracteriza-se por força de caráter, capacidade de lidar com emoções conflitantes, capacidade de sentir prazer sem conflitos e a capacidade de Amar'. A psiquiatria forense e a lei, tem em vários estágios convergido. Frequentemente, as duas disciplinas se cruzam ao lidarem com sujeitos com desvios sociais que, ao violar as leis da sociedade, podemos pensar em algum transtorno mental suposto ou pressuposto, afetando diretamente o funcionamento da comunidade. Para o judiciário, o promotor como agente da sociedade, envolve-se com o fato de que o desvio social representa uma ameaça em potencial à segurança e bem-estar das outras pessoas. As duas questões médico-legal são muito complexas, os dois lados se debatem para colocar a verdade nas mãos do juíz ou do júri. O mais complexo é fazermos a distinção relativa do papel do médico como testemunha, a que tipo de testemunha será o psiquiatra? Testemunha de fato?, pericial?, exame direto?. Ao fim e a tempo, devemos respeito a prudência, quando avaliamos muitas asserções feitas em nome da psicologia."

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