Tranqüilidade

28/3/2005
Pedro Luís de Campos Vergueiro

"Senhor redator, parece que o Brasil está podendo começar a ficar tranqüilo. Em princípio, pelo menos um pouco, é claro. Isso, porque a famigerada (no sentido de faminta por tributos) MP 232 está, na parte da grande aspiração tributária, mais próxima de ser objeto de uma rejeição coletiva institucional, cujo patrocínio, entretanto, não caberá ao Severino. O mecenas desse esperado repúdio será o Ministro Aldo Rebelo, que, depois, poderá ser, ainda, utilizado como bode expiatório (ou será boi de piranha?), com muita culpa, pelo enjeitamento da medida. De fato, como o governo não gosta de assumir suas besteiras, e nem retroceder, como seria desejado pelos cidadãos, nada melhor do que atribuir a proeza do que será então qualificado como insucesso a outrem. Para o desempenho dessa peculiar tarefa não há ninguém com melhores atributos do que Aldo Rabelo, o Ministro da Coordenação Política. Nesse caso, quem seria melhor para responder por uma incompetência política? Afinal, tem o Ministro as qualidades de não ser petista, de nada ter coordenado e tem ele demonstrado não saber coordenar. Aliás, é preciso ressaltar, nunca deixou de estar na lista dos Ministros descartáveis."

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