Circus

25/6/2010
Cleanto Farina Weidlich - Carazinho/RS

"Querido mestre! Mais uma sincronicidade: eu também, na minha juventude, antes de me decidir pelo tênis de quadra, pelas mesmas razões que você foi para as espadas, andei chamando a jabulani de 'guria' (Migalhas 2.415 - 25/6/10 - "Circus" - clique aqui). E guardo na memória, dessa época, alguns gols de 'charles' (não sei como é que chamam aí, quando a gente ensaia um drible, tocando da esquerda - que é a minha - para a direita, e bate por trás da caneta). Teve uns de 'sem-pulo', e até um até hoje não esquecido pelo goleiro, que quando nos cruzamos pela nossa 'paulista' dos pampas ainda lembramos e rimos para festejar a saudade que sentimos desses bons momentos. Agora, vamos combinar, e não foi por falta de aviso: a jabulani, ou melhor, aquela 'meleca' de material sintético que os alemães fabricaram está sendo a 'estrela' da Copa. Quando vi a velocidade que ela pega, e já estou sendo chato com a minha galera, dado o passe, na mesma hora eu grito: 'não pega' e lá se vai a jabulani pela linha de fundo, pela lateral, para todo lugar menos para onde a gente esperava, e os craques muita mais, que ela fosse. Um remédio para isso, e ainda dá tempo, pois a Copa está em sua primeira fase: vamos pedir para o Dunga mandar amarrar a bola no pé dos nossos craques com um elástico de menos de 'palpo de medida' e fazer com que eles andem, com uma em cada caneta, 'namorando' o peso, as curvas, o tamanho e o jeito das 'gurias'. É sério, talvez com essa terapia de contato mais íntimo dos nossos guris com essas gurias elétricas, teimosas e intempestivas, possamos, como se diz aqui no sul, 'tirar umas crias'. Ah!, ia esquecendo, eu jogava na ponta esquerda, no tempo que usava a linha de fundo e, cruzes, outro esquecimento: se fazia gol olímpico! Cordiais saudações!"

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