Diplomacia

29/7/2010
Pedro Luís de Campos Vergueiro

"Não sei não... Mas sei que na História do mundo coisas costumam se repetir (Migalhas 2.435 - 23/7/10 - "Diplomacia"). Ainda é possível lembrar o evento das Malvinas, ou, Argentina versus Inglaterra. Criaram os dirigentes militares argentinos um clima beligerante populista e patriótico para ocultar problemas outros do país, foram às últimas consequências com uma declaração de guerra, e a fanfarrice beligerante deu no que deu. Ressalto que o fundamental visado era, como foi realmente, mascarar os sérios e grandes problemas por que passava o país. Agora, mais ao norte, temos a mesma bazófia mais midiática: a parte venezuelana cria uma situação de estado beligerante com a Colômbia. Isto feito, o chefe venezuelano manda um seu ministro correr pela América do Sul para compartilhar esse status à apreciação dos demais chefes de governo à guisa de consulta cujo objetivo, diz o mensageiro venezuelano Antonio Patriota, é "consolidar a paz na nossa região". A realidade das coisas está clara: diante das dificuldades por que passa o país, a Venezuela, seu governante procura estimular sentimentos patrióticos para mascarar os problemas internos não solucionados e não passíveis de solução a curto ou médio prazo. Assim, o primeiro porto não poderia ser outro senão a do companheiro Luiz Inácio, a quem foi exibida (ou falada) a proposta de paz com a Colômbia que Patriota porta consigo. Ora, se, como o venezuelano Patriota informa, existe a iminência de conflito armado, como nosso país tem fronteiras com ambos, no que nos diz respeito, é preciso que este povo brasileiro, que está sendo envolvido no conflito, tome conhecimento do que está sendo proposto. Conhecer os termos dessa proposta para "consolidar a paz" (expressão que realça a existência de um conflito) é imprescindível para o exercício da cidadania pelos brasileiros que, evidentemente, não desejam que haja algum conflito nas proximidades dos limites terrestres do Brasil. Conhecer os termos da proposta é uma questão de patriotismo e o primeiro passo para dar oportunidade ao cidadão brasileiro de conhecer para fazer amadurecer as ideias contidas na proposta venezuelana, direito esse que tem de todo cidadão brasileiro de bem, e da paz, é claro."

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