Racismo

19/4/2005
Alexandre Thiollier - advogado inativo (nem passivo e nem ativo) - escritório Thiollier Advogados

"Se meu apelido fosse branquelo, ficaria ofendido se me chamassem de “branco azedo” durante um jogo de futebol? A radicalização ou afirmação voraz de conceitos absolutamente corretos, no mais das vezes, não é boa e, pior, prejudica ao longo dos anos a defesa da tese. Basta se verificar o estrago que os ecologistas empedernidos das décadas de 70/80 fizeram na tentativa de preservação das áreas de mananciais, onde só bandidos se enriqueceram com loteamentos clandestinos, em prejuízo total da sociedade. É fato e meus amigos “ecos” reconhecem o equívoco. Talvez, quem sabe, era o preço que tínhamos que pagar para reconhecer a verdade (também nós erramos); enfim a terra é uma só... Pois bem, voltemos ao tema do inquérito de injúria com pitadas de racismo, instaurado contra um desconhecido jogador argentino. Que tal essa: se o portenho tivesse chamado o Grafite (por que Grafite?) de branquelo azedo, seria injúria? E se tivesse dito: seu p. ou seu f.d.p? Com, todo o respeito a quem pensa diferente, mas entre as quatro linhas, jogo jogado é lambari pescado! Lembro, quando defendia - e mal - no primeiro ano da Faculdade de Direito, as cores do glorioso XI de Agosto, em partida de futebol realizada no campo do Centro Acadêmico, bem ali ao lado do Detran, e o meu adversário, filho da PUC, chamou-me de C.D.F. Fiquei louco, para não dizer p. da vida. Afinal, minha turma, minha gangue era a “canalha” do Largo, que mais tarde escreveria a história das Arcadas, entre 1971 a 1975. Quanta história. São tantas que ainda ninguém teve a coragem de adequadamente registrá-las! Encerro. Esse inquérito não foi nada mais do que um péssimo oba-oba, que no fundo, bem no fundo, prejudica a causa: racismo, JAMAIS!"

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