Arte

20/9/2010
Marilene de Souza Polastro

"Há um evidente exagero dos críticos ao afirmar coisas como 'o autor atirando contra a cabeça [...] degolando o presidente[...]'. Vendo a obra penso que o autor expressa um sentimento diferente : ameaça pessoas que ele considera inimigos (Migalhas 2.474 - 20/9/10 - "Arte - I" - clique aqui). Em grande medida as autoridades públicas se revelam, aqui e acolá, inimigas públicas, leiloando os bens do país; pactuando ou se aproveitando da corrupção e da roubalheira, etc. Ademais, a pessoa que se torna pública pelo cargo corre o risco de ser julgada das maneiras mais variadas. Creio que a obra pode ser vista e apreciada em sua interireza sem prestar favores à criminalidade ou aos mais baixos e vis sentimentos humanos porque, ordinariamente, tais sentimentos estão nas pessoas e não nas mensagens com que porventura se deparem. E a tese da incitação ao crime, ciosamente defendida pelas associações de advogados, poderia melhor ser aplicada às desavergonhadas autoridades públicas deste país, cujos crimes realmente podem influenciar o ânimo popular. Parabéns ao artista e ao Migalhas por tratar do tema."

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