Prevaricação

29/4/2005
Plínio Zabeu – médico, 71 anos, Americana/SP

"Na condição de médico com mais de 40 anos de atividade, acho que posso dar um palpite ao leitor que espera uma explicação sobre a negação dos médicos de praticar o aborto autorizado pela Justiça. Neste caso temos que levar em conta que o aborto é um ato de assassinato de um ser humano existente dentro de um útero. Mesmo com a Justiça "mandando" fazer, o médico tem o direito de recusar se ele é primeiramente um crente em Deus e por isso obediente a Seus mandamentos. Não matar é um deles. De modo que este é o primeiro de uma infinidade de casos que teremos pela frente. Não somos soldados. Não somos carrascos contratados pelo Serviço Público. Somos seres humanos que respeitamos e lutamos pela vida. Não somos assassinos. Muita coisa vai acontecer. Certamente encontrarão "médicos" capazes de fazer tal ato. Mas não será muito fácil não.  Eu confesso publicamente: MESMO QUE RECEBA UMA SENTENÇA JUDICIAL PARA MATAR ALGUÉM  AFIRMO QUE DESEOBEDECEREI SEMPRE. Acho que milhares de colegas pensam como eu."

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