Gramatigalhas

6/6/2005
Gustavo Althoff

"Caro Dr. José Maria da Costa, tenho uma observação a fazer a respeito da migalha intitulada "Acordo amigável" (Gramatigalhas - clique aqui). A despeito da argumentação apresentada, creio que a expressão faça sentido quando denota acordo celebrado de maneira civilizada e não-beligerante pelas partes envolvidas num conflito qualquer. Um acordo que não fosse amigável seria qualquer um que, a despeito das concessões e atos conciliatórios de parte a parte, fosse beligerante, e ao qual só se chegou em função de necessidade pragmática de que assim fosse! Um exemplo disso são as partilhas de herança, situação que é muitas vezes beligerante, culmina num acordo, mas não é nada amigável! Assim, penso que sob as circunstâncias apresentadas, a expressão tem emprego legítimo. Não obstante, concordo com Sr. quando aponta o equívoco encontrado no art. 13, parágrafo único, da Lei 3.924, de 26.6.61, que trata das desapropriações. Lá, claramente, o termo 'acordo' dá conta do recado por si só e integralmente. Por fim, gostaria de dizer que tive contato com o seu "Manual de Redação Profissional", descoberto numa de minhas incursões à biblioteca da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), e adorei a obra. Pretendo comprá-la e tê-la em minha biblioteca tão logo quanto possível. Atenciosamente,"

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