Corrupção

8/6/2005
Armando Rodrigues Silva do Prado

"É de comezinho princípio que o acusador prove as acusações feitas, como bem demonstrou o artigo "Decoro Parlamentar" do advogado Pedro Serrano (Migalhas 1.182 - 7/6/05 - clique aqui). Vindas de quem vem, passado e presente não recomendam, o deputado Jefferson tem que provar as acusações feitas ao Congresso Nacional, já que ninguém foi citado. O governo, finalmente, concordou com a CPI dos Correios. Demorou. Deveria ter feito isso desde o início. Resta agora às tropas de choque, do PFL e do PSDB, retirarem dos túmulos todos as CPI’s que o governo de FFHH enterrou, fazendo-as vivas e atuantes. Como salientou o jornalista Santayana o presidente Lula deve dirigir-se imediatamente ao povo contando-lhes que não está sitiado e que não aceita ultimatos dos que contribuíram para a "decadência dos costumes políticos". Cadê o Lula que denunciou os 300 picaretas do Congresso? Os políticos honestos e a imprensa idem, devem denunciar que toda essa espuma visa desviar a atenção do verdadeiro problema do governo petista: a política econômica que reproduz o que tinha de pior no governo anterior. Privilegia os especuladores, mina o setor produtivo e castiga os trabalhadores. Esse é o "calcanhar de Aquiles" de Lula. Por que desviam a atenção? Porque são beneficiários dessa política econômica neoliberal. Ainda dentro do governo: que conversa é essa do Ministro do Agrobusiness, digo da Agricultura, pedir dinheiro do FAT para socorrer o setor agropecuário? Já não foi suficiente FFHH tê-lo usado para as privatizações? Que história é essa do BNDES financiar a construção de loja de grife (Daslu) aqui em S. Paulo? Precisa apurar e punir o(s) engraçadinho(s) que permitiram. O presidente continua com crédito junto ao povo, mostram as pesquisas. Que use esse crédito para fazer uma limpeza junto a alguns companheiros e membros do governo (boa parte dessa espuma é provocada por gente de "confiança"). Precisamos de menos radicalismos nos discursos, dos dois lados: que idéia é essa de golpismo ministro Aldo? Por enquanto, nenhuma viúva do regime de exceção foi bater às portas dos quartéis. Estão apenas espalhando "factóides". No mais é choro de quem sabe que não tem candidato para enfrentar 2006, ou o Brasil "precisa de um gerente", como se fosse uma das empresas dos tucanos? Fraternalmente,"

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