Invasões

20/6/2005
Oswaldo Rodrigues

"Caros Migalheiros, a invasão dos escritórios de advocacia (e de outros "lares") é antiga é remonta ao início da engrenagem do CPMF. Sou um humilde advogado que faz cobranças, inclusive de aluguéis, levanto numerário para clientes nos Fóruns, recebo dinheiro de custas via conta bancária. Pois bem! A receita federal, via CPMF, contabilizou como rendimentos meus TUDO o que ingressou na minha conta bancária. 90% não foi receita minha, mas um munus profissional coberto pelo sigilo legal. E fez um lançamento adicional pelo qual tenho que pagar quase um milhão de reais. Eu, que pago aluguel, luto muito para tratar da minha família. Certo dia, um fiscal da receita federal telefonou-me e lhe expliquei que a maioria das receitas não eram minhas, mas de clientes. E ele impôs: o sr. deve vir à receita federal, e informar de quem são os numerários que transitaram pela sua conta. E retruquei: não devo satisfação à receita federal porque toda a minha atividade é protegida pelo sigilo profissional. Os meus rendimentos tributáveis foram objeto das minhas declarações de renda e não devo informar o Fisco o numerário que recebo para eles. Chegaram ao ponto de BLOQUEAR um saldo bancário no qual havia um valor de ALUGUEL que eu tinha que prestar contas no dia seguinte. Desespero puro! Estamos, mesmo, numa engrenagem em que o Governo Federal nivela todo mundo por baixo. Todos são desonestos e agem de má fé, até prova em contrário..."

Envie sua Migalha