Crise no governo

20/6/2005
Armando Rodrigues Silva do Prado

"Caros, Nos embates destes dias, percebe-se uma certa confusão entre o que ocorre na política e o que, normalmente, deveria acontecer no direito penal, ou seja, no segundo o réu só é condenado após o devido processo legal, quando a acusação é comprovada, valendo menos as provas apresentadas por bandidos confessos. Na política, por vezes, vale a versão, pode se acusar à vontade, não carecendo necessariamente das provas. Se há necessidade de destruir reputação, acusa-se, e o acusado que se vire para provar o contrário. Há uma inversão perversa do ônus da prova. A palavra de qualquer bandido tem validade superior e é aceita como fato verdadeiro. Veja-se o caso atual, um deputado, por tudo não recomendável, gira a metralhadora de acusações e, concretamente, só tem um réu confesso até agora: o próprio, pois assumiu que recebeu 4 milhões de reais! E os demais que se virem, um como o Zé Dirceu vai se defender no Congresso, outros pedem socorro ao Comitê de Ética, outros se calam, e assim o navio vai... O Congresso Nacional não é um convento, mas está longe de ser o que certa imprensa irresponsável pinta. Ruim com o Congresso que temos, sem ele, a ditadura, pois os regimes de exceção tomam o cuidado de, primeiramente, calar a voz desse poder, exatamente, por ser frágil, mas extremamente incômodo para os candidatos a ditadores. Fraternalmente,"

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