Migalhas

23/6/2005
Oswaldo Pepe

"'Sou homem: eu não considero alheio a mim nada do que é humano'. Migalhas está cada vez mais atento, ecoando, refletindo, arriscando, se colocando, expondo, na coragem dos puros de coração - tudo, sempre, na melodia, no espírito estilo jurídico que aprendi a amar e que me civiliza à despeito de tudo. As mesmas notícias têm, no Migalhas, este sabor, se me permitem, este viés se preferem, que nos anima, retempera e alinha na marcha à frente - sem contar as entrelinhas, as informações que só nós sabemos, os diálogos que se desenvolvem paralelos, os Migalheiros atentos. Notícias jurídicas as há, de sobra, na rede e no papel, feias como empoeiradas coleções antigas da Revistas dos Tribunais, as bibliotecas cinzas, os costumes soturnos e o mais; migalhas, estas sobras, só aqui. Dona Dalila e o acadêmico Junior almejam outros tons, pertinentes, apartidários, 'des-alinhados' por assim dizer - o que alguns imaginaram poderia blindar a classe, eternizar-nos como vestais, um projeto de poder sem a responsabilidade do envolvimento. O custo foi tornar aquela parte do Direito e seus operadores distantes da realidade, inevitavelmente cúmplices e assim próximos da estagnação: desavisados; mortinhos, da silva. O ganho inesperado - porque sim se move - foi deixar aberta uma avenida, uma estrada, uma pista de aviação para um veículo tão despretensioso quanto uma migalha, cujo sucesso inegável não se deve ao que já existia no establishment. Muito ao contrário. Ufa."

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