Crise política

18/7/2005
Armando Rodrigues Silva do Prado

"O governo Lula representa um avanço político em termos da democracia republicana, pois enquanto o país discute (de) tudo, as instituições permanecem estáveis, ainda que o seu maior fracasso, a política econômica, seja reconhecida pela direita (de dentro e de fora do PT) como o seu ponto forte, recebendo aplausos dos eternos ganhadores da Terra de Santa Cruz. O reconhecimento pela direita é tão intenso que conseguem a proeza de separar política de economia, como se fossem fenômenos estanques. Subverteram a economia política. Entretanto, mostrando o rabo que teima em ficar de fora, os udenistas moderninhos, criticam as políticas de inclusão como populistas, pois, como antes, temem o "perigo" de um povo que se alimenta e vai para a escola. Como corolário, os neoliberais mostram-se indignados com os financiamentos de campanhas e "compra de votos", como se acabassem de chegar de Marte. Correção das práticas políticas sim, falso moralismo de filisteus não. Essa política é conhecida dos que se dão ao trabalho de estudar um pouquinho só a história: foi praticada por Mussolini e Salazar nos anos 20 e, principalmente, por Hitler na Alemanha de Weimar. Pregavam, entre outras coisas, a moralização dos costumes políticos. Deu no que deu. Aqui, o caçador de marajás agiu na mesma trilha (neofascismo), com o apoio da mídia e dos mesmos que hoje reclamam e choram pela prisão de "sacoleira de luxo". Saudações republicanas,"

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