Mensalão

24/8/2012
Eliseu Mota Júnior – promotor de Justiça aposentado

"Os 11 ministros do STF, hoje empenhados no mais emblemático julgamento da história jurídica do Brasil, certamente conhecem o aviso de Ellero no sentido de que 'julgar é uma função que o homem usurpou de Deus', que bem resume a relevância e a liturgia dos cargos que exercem. No entanto, o relator e o revisor do processo, desde o início da episódica sessão inaugural do julgamento até hoje, ignoram isso e travam acerbas discussões sobre questões superadas. Pois que esses embates sirvam de lição para a firme condução da causa até a decisão final, seja ela qual for, porquanto as decisões do Supremo Tribunal Federal são definitivas. Por isso, é imprescindível que os ministros tenham em mente o precioso pensamento de Robert Jackson, antigo juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos: 'Nós da Suprema Corte não damos a palavra final porque somos infalíveis. Só somos infalíveis porque damos a palavra final'. A posteridade haverá de saber como cada um deles votou no célebre processo do mensalão!"

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