Eleições 2014

5/10/2014
Pedro Luís De Campos Vergueiro

"A notícia é: 'A Missão Extra dos 'Campeões de Votos' (O Estado de São Paulo, caderno especial sobre as eleições - 5/10/2014), a qual informa: 'Nas eleições para o legislativo nem sempre são os candidatos mais votados que se elegem'. É assim mesmo; é isso mesmo o que ocorre. Temos na memória os candidatos do Prona que se elegeram com minguado número de votos porque seu chefe, o Enéas, estourou com milhares e milhares de votos. 'Eu sou Enéas', em sua voz de comando que forçou a barra para os de poucos votos. E deu no que deu, no caso Tiririca: um palhaço profissional, analfabeto funcional mas que foi campeão de votos. Quatro anos de mandato e desde que se elegeu até agora não fez nada de útil, nem mesmo para a sua classe profissional. Apenas teve bom comportamento, comparecendo regularmente às sessões: esta é a obrigação do eleito e não sua missão extra. O erro trágico disso está na Constituição de 1988 por dispor que a eleição para a Câmara dos Deputados será composta por eleitos pelo sistema proporcional, o que significa que o voto é do partido e não do candidato. Aí está o erro, a grande bobagem dos constituintes, pois um candidato melhor votado não se elege porque o partido não atingiu número suficiente de votos para que esse candidato fosse eleito. Essa é a falta de sintonia com o povo na composição das casas legislativas deste país. É uma forma de protesto diferente do que ocorria no passado, antes de 1964, quando muitos votos foram dados para o Cacareco. Tanto lá, quanto cá, muito triste. Pelo sistema majoritário - os eleitos para o Senado Federal - já dá no que costuma dar: o senador eleito é chamado para assumir um posto no Executivo, ficando, então, no cargo eletivo um suplente que não recebeu nenhum voto. Hélas!"

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