Henrique Pizzolato

6/11/2014
Pedro Luís de Campos Vergueiro

"Henrique Pizzolato, já fora da prisão, declarou a propósito de sua saída do Brasil: 'Eu não fugi, eu salvei minha vida. Você acha que salvar a vida não vale a pena'? Uma observação dessa é a ótica sobre o fato de um psicopata. Pizzolato você fugiu. Fugiu sim porque estava na iminência de ser preso por ter desviado dinheiro público para si ou para outrem. Fugiu sim porque se valeu do passaporte falso em nome do irmão há muito falecido para passar pelas polícias de fronteira. Além de fugitivo, pois, é falsário. Fugiu para tentar escapar das consequências pelas coisas erradas que fez, como assim concluiu o Supremo Tribunal Federal. Fugiu não para salvar sua própria vida, mas para esconder-se e tentar ser esquecido. Como pode dizer que quis salvar sua vida se valeu-se da identidade de um morto para fugir? Então, assumindo a identidade de um morto queria passar por morto. Onde está a vida para resguardar? Será que tudo isso vale a pena? Ter de viver escondido! Você não tem filhos? Netos? O que eles pensam dessa sua, sua covardia por não assumir sua responsabilidade pelo que foi acusado e condenado. Talvez, o que é duvidoso, você tenha salvado a sua vida: mas o que fez da vida de muitos brasileiros seus conterrâneos, privados que foram do dinheiro que poderia de alguma forma melhorar a vida deles? Você tem conhecimento disso? Você tem noção da sua responsabilidade? Por enquanto pode cantar vitória, mas isso não vai retirar o remorso da culpa que carrega. Culpa de que bem sabe o porque, e dessa culpa nunca poderá fugir porque está indelevelmente marcada em sua consciência. Nada, nem mesmo o dinheiro que lhe permitirá viver na Itália irá deletar da sua consciência a sua culpa pelo malfeito, pois jamais conseguirá viver com o sossego que procurou na Itália. E um dia você ainda pensará em voltar ao Brasil, tal como o Biggs quis voltar para a Inglaterra. Aí, então perceberá que sua fuga não salvou sua vida. Aliás, a bem da verdade, nem mesmo a Itália terá salvado a sua vida, visto que também violou as leis do país onde se homiziou."

Envie sua Migalha