Sistema eleitoral OAB

7/11/2014
Luiz Eduardo de Moura

"A tímida reforma do sistema eleitoral apresentada pela OAB, na qual quererem instituir exclusivamente,  cotas para as mulheres, impidir as doações por parte das Sociedades de Advogados para a campanha política das OABs e o plebiscito para consulta dos advogados e advogadas opinarem a respeito da eleição direta para a presidência da OAB Federal, não refletem o real desejo da advocacia, pois esta almeja uma legítima representatividade em nossa entidade (Migalhas 3.489 - 5/11/14 - "Sistema eleitoral OAB" - clique aqui). Na realidade, o que se verifica na advocacia é o sentimento que a nossa entidade que prega a democracia, porém não faz a lição de casa, dentre outras a restrição das eleições da seccional a uma chapa fechada, na qual são eleitos pessoas que não tiveram 10% de votos em base eleitoral. A nossa entidade não pode continuar rejeitando proposta da aplicação de voto distrital nas eleições da nossa entidade, pois estas chapas fechadas são formadas por apadrinhados submissos, com a finalidade de não contestarem decisões da diretoria, aplicando-se os princípios do livro 'O Príncipe', alem da ausência de fiscalização e o desejo da legítima representatividade da advocacia, que seria alcançada com a aplicação do voto distrital em nossas eleições. Nada tenho a opor quanto a cota de participação das mulheres nos poderes diretivos da OAB, pois nas comissões que nossa entidade possui, existem inúmeras mulheres que de fato carregam o piano e possuem capacidade, notoriedade, para postularem cargos eletivos a que possuem direito. No que tange a proibição de doação para campanha por sociedades de advogados, as quais inclusive compõem a nossa entidade, pagando anuidades, é um absurdo, pois se a advocacia não pode custear uma campanha política da OAB, quem poderia? Entendo ser melhor proibir as doações de terceiros que são empresários e possuem interesses nas eleições de nossa entidade. Por derradeiro, as reformas apresentadas, com exceção das cotas das mulheres, me desculpem, estas medidas refletem um apego ao poder, com o desejo de impedir o surgimento de novas lideranças políticas e apresentar mais dificuldades a uma oposição ao poder."

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