Operação Miami

30/12/2015
Claudia Araujo

"Não conheço as leis tributárias e de direitos sucessórios em Miami (Migalhas 3.166 - 22/7/13 - "Operação Miami - I" - clique aqui). Mas, aqui no Brasil, tenho familiares no ramo de investimento, e há décadas conheço o comum e totalmente legal ato de uma familia criar uma holding (não é empresa, é sociedade!) para facilitar gerência dos bens familiares e evitar a burocracia, o desgaste emocional e a exploração durante inventários demorados toda vez que um membro da família morre. As holdings são sociedades não operacionais. O que acontece na prática é que cada vez que um membro da família morre, não há necessidade de abrir inventário, arrolar herdeiros, mudar titularidade de bens móveis ou imóveis. A holding é feita quando há confiança entre familiares, pois todos os bens passam a ser de propriedade igualitária de todos. Não sei quando o JB criou a holding... se foi quando decidiu comprar o apê em Miami. E, criada a holding, seus filhos, esposa, todos os parentes que foram incluídos nela, estão partilhando todo o patrimônio ali depositado. Ninguém faz uma holding só para transmitir um apê para um filho. A holding se perpetua após a morte de JB e só termina quando o último membro falecer. Apesar da minha família ser formada por apenas três pessoas, só ainda não criei uma holding aqui porque não estou a par do custo de cria-la. Creio que o fundador da holding é a pessoa obrigada a declara-la no IR como bem patrimonial e pagar o imposto sobre a renda que os bens porventura gerarem. E sabemos que nos USA os impostos são mais altos e quem burla o fisco vai pra cadeia de verdade! O JB é abusado, metido e às vezes truculento... e só defendo essa holding porque sei do que estou falando. Se o Batman fez caquinha, não teve nada a ver com essa holding, nem com o apartamento."

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