Política

16/1/2018
José Renato Almeida

Observo que há muitos otimistas que acreditam que o povo, com seu voto, dará um basta nos criminosos que conduziram e conduzem a política e os destinos da Nação. Até o ex-ministro do Supremo, Ayres Britto, falou dessa ilusão mais recorrente aos caolhos. Ouço isso há décadas!

O fato é que a maioria dos candidatos em 2018 será composta pelos que buscam a reeleição e participam das Organizações Criminosas que saqueiam o país há décadas. São eles que estão "conduzindo" o pleito de 2018, sem a utilização do Voto Impresso - aprovado há cinco anos - que permite auditagem e impede inúmeras fraudes, inclusive as mais graves que podem ser inseridas nos programas instalados nas urnas. Uma senha "especial" para, ao fim da votação na urna, obter-se a impressão dos relatórios de apuração é suficiente para processar bugs que alteram a distribuição dos votos. Uma simples linha no programa, pode desviar para o candidato "preferido", percentual de votos de outros candidatos, de votos brancos e nulos!

Todos os testes mostraram que as urnas são vulneráveis, mas nada foi feito para corrigir as falhas. A campanha pela biometria está permitindo que o voto impresso não seja lembrado nos noticiários, além de dar falsa impressão de que basta o uso das digitais para obter-se "total" segurança no pleito. Há ainda a dinheirama entocada pelos criminosos a ser usada na comprar dos votos de pessoas vulneráveis, da cidade e do campo, em propagandas, transporte ilegal de eleitores... Muito disso terá de ser feito de forma escamoteada para não venha à luz despesas pagas com dinheiro de origem duvidosa! Fiquemos atentos às movimentações desse dinheiro de propinas ora enterrados, em salas, apartamentos, guarda valores, contas no exterior...

Essa conjuntura não vai mudar se não ocorrerem ações consistentes por parte dos órgãos de fiscalização: Tribunais de Contas, Justiça Eleitoral (TSE) e, principalmente, pelos ministros não comprometidos do Supremo Tribunal Federal (STF). Espero que todo cidadão de bem tenha a perspicácia de gravar e denunciar eventos suspeitos e comprovar com áudios e/ou vídeos possíveis crimes eleitorais. Está mais que visível que a máquina dos governos cleptocratas são conduzidas por gangsteres "institucionais", que se revezam no comando dos saques, independente de siglas partidárias. Enfrentá-los requer lucidez, disposição, coragem, trabalho e persistência.

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