PCC

14/7/2006
Antonio Cândido Dinamarco – advogado, OAB/SP 32.673

"Há mais de trinta (30) anos sou Advogado Criminal de Policiais Militares. Já faz tempo que os Direitos Humanos, irmanados com a Cúria Metropolitana e o Ministério Público Estadual, deliciam-se em acusar e buscar pesadas condenações de Policiais Militares, seja na Justiça Militar Estadual, seja na Justiça Comum e, principalmente, nos Tribunais do Júri. Sou testemunha presencial disto. A perseguição foi tão grande que os PM’s passaram a evitar ocorrências que pudessem envolvê-los em tiroteios, para fugir das cadeiras dos réus e das condenações. Até a alteração da competência da Justiça Militar Estadual foi feita. Resultado: não se conseguiu outra coisa: o  crescimento da violência e o fortalecimento da bandidagem que hoje domina, de longe, a sociedade paulista. Nunca se parou para ouvir Conte Lopes, Ubiratan, Iezo, Niomar, Nakaharada, apenas para citar alguns poucos. Eram todos, no dizer irresponsável dos Direitos Humanos & Cia., parte violenta da Polícia Militar e deveriam ser execrados e expurgados da milícia bandeirante. De uma certa forma, foram. Hoje, vemos a ousadia dos criminosos e o despreparo dos PM’s, temerosos e imolados por projéteis disparados pela marginalidade. No mausoléu da Polícia Militar não cabe mais ninguém. Só não se lembram que, ao proteger os criminosos, perseguindo e dificultando a ação dos PM’s, estavam afagando as cabeças de víboras peçonhentas que hoje voltam suas presas contra a indefesa sociedade, matando, roubando, destruindo e seqüestrando. Vejo o Senhor Procurador-Geral da Justiça declarar que há necessidade de ação enérgica contra os bandidos. Curioso: foi sempre o Ministério Público o primeiro a buscar reprimendas violentas aos PM’s que atiravam e matavam bandidos, numa verdadeira profilaxia social. O resultado aí está. E não vejo solução a curto prazo. A não ser que soltem a Polícia e a deixem trabalhar, como deve ser feito."

Envie sua Migalha