Sadia - Perdigão

18/7/2006
Gisele Montenegro

"Sadia quer dominar o mercado (Migalhas 1.456 – 18/7/06 – "Sadia – Perdigão"). Pouco criativa a iniciativa da Família Furlan/Fontana-Sadia: quer dominar o mercado, dando largada a proposta hostil de aquisição por R$ 27,88, por ação da Perdigão, cujo controle é pulverizado entre Fundações. A Fundação Banco do Brasil – PREVI, que detém o maior percentual, chega a 15%. Nildemar Secches – Presidente da Perdigão está uma 'vara'. Evidentemente, que este é o primeiro passo para uma briga longa, de um lado os Furlan/Fontana da Sadia, de outro as Fundações, juntos, formando a Perdigão, que promete. A Perdigão comprou, há pouco, o Laticínio Batávia, o que levou os analistas e intérpretes a pensarem ser realmente uma proposta hostil da Sadia, pois só o Santander avaliara a ação da Perdigão, após a compra da Batávia, em R$ 37,00. Pouco criativa a jogada da Sadia pois acha que se, num mercado completamente diferente deu certo – a commodities do aço (Caso da Mittal Steel, do indiano que forçou a barra e vai levar a ACELOR, fustigando acionistas desde janeiro, com proposta hostil), nem sempre a commodity do suíno, frangos e tortas tem a envergadura de um aço. Atrás disso, evidenciam-se acordos de acionistas e o mercado exterior que agora focará seus interesses nesse parceiro tropical, pensando em levar um bom naco nesse 'affair', que sabemos como começa, mas não sabemos como termina, ou se grupos internacionais estão por trás de uma das duas maiores empresas do segmento da alimentação. Sadia e Perdigão, juntas, detém 64% do mercado de suínos (presuntão), 92,4% das tortas congeladas, e 91% de pratos prontos. Fusionistas, CADE e quejandos, a postos."

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