CVM

4/9/2006
Gisele Montenegro

"CVM – Turbulências (Migalhas 1.490 – 4/9/06 – "CVM"). Santo Deus! Parece praga, as mazelas nacionais, tisnando todos os órgãos. Até na CVM o germe da velhacaria já se espalhou? Acaba de ser afastado um Diretor da CVM, que teria vazado informações ao amigo do amigo, que passou para outro amigo, 'notas' privilegiadas, as quais resultaram numa queda vertiginosa das ações da TELEMAR. Com a palavra o Presidente da TELEMAR: o Comandante Falco (ex-TAM, responsável pelo sucesso da maior empresa de aviação do País, cria do saudoso Comandante Rolim Amaro). A Autarquia tida como a Xerife do Mercado, dado os rigores com que emite seus pareceres 'reservados' e duras decisões, na área de Direito Societário, semelhante a SEC dos EUA, deu cartão vermelho ao Diretor, que segundo consta, atuou na mais extrema boa-fé. Em marcha a operação abafa, transferindo responsabilidades a uma 'carta anônima' que circulou no mercado. Quando até a CVM se vê atingida pela metástase do andar de cima, é porque amputação só, pouco adiantaria. Falco se notabilizou como o executivo que driblou o impacto a imagem da empresa, no ano de 1994, quando o maior acidente aéreo ocorrido no Brasil, abalou a todos, porém Falco vivia momentos difíceis, intercalando vinte e quatro horas, entre a pista de Congonhas, os familiares das vítimas, a imprensa, soerguendo a imagem da empresa naqueles momentos difíceis da aviação nacional. Agora vemos novamente o Comandante Falco fulo da vida com a turbulência que derrubou a expectativa de seus investidores. Afivelou os cintos, preparando-se para um pouso de emergência, em face da desgovernança destrambelhada do órgão, tido como 'polícia do mercado'. Dizem que vai sobrar até para a Santíssima 'Trindade'. Só nos resta rezar e muito, para atravessarmos as nuvens negras, mas quem está no leme da TELEMAR sabe o que está fazendo: isto é café pequeno para quem já passou por aqueles momentos difíceis do Dia das Bruxas, 31 de outubro de 1994."

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